Restrição aos caixas faz Procon notificar banco em Apucarana

Autor: Da Redação,
sábado, 06/08/2016
A irregularidade foi constatada apenas na agência do banco Itaú, que fica em frente ao Cine Teatro Fênix. Foto: Delair Garcia

Com vinte de duas reclamações de restrição de atendimento aos guichês de caixas em agências bancárias, uma equipe do Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon), de Apucarana, foi ontem de manhã verificar a situação em três bancos na área central da cidade.

A irregularidade foi constatada apenas na agência do banco Itaú, que fica em frente ao Cine Teatro Fênix, alvo principal das reclamações registradas pelo órgão. É a segunda vez num período de um mês que são detectados problemas desta ordem na instituição, que foi notificada novamente e pode ser multada em até R$ 120 mil. 

O coordenador do Procon, de Apucarana, Robson de Souza Cruz, o órgão ainda está avaliando qual medida será aplicada, porém a multa não está descartada. “Será aplicada uma sanção, porque é a segunda vez que detectamos irregularidades. No mês passado, ao fiscalizar a agência, nos deparamos com os mesmos problemas, o que é um agravante. Provavelmente vamos aplicar uma multa, que poderá variar entre R$ 80 e R$120 mil, que é um valor que julgamos proporcional ao caso”, avalia. 

A decisão será tomada após a apresentação da defesa do banco Itaú. De acordo com Cruz, além da restrição de aposentados e pensionistas em especial aos guichês dos caixas para sacar a aposentadoria ou benefício, a fila de acesso aos caixas eletrônicos era “quilométrica”, chegando a parte externa da agência. Ele observa que os idosos aguardavam em pé na fila, o que também não é adequado. 

“Restringem o acesso para não acumular fila no interior da agência, mas caso o usuário queira retirar o valor total precisa pegar a fila novamente”, explica. 

Quem tem conta salário também passa pelo mesmo problema.  A decisão do Procon tem como base também a Resolução nº 3.694/2009 do Banco Central, que proíbe os bancos de recusar ou dificultar o acesso aos canais de atendimento convencionais, inclusive aos guichês de caixa, mesmo que possua meios alternativos. É o consumidor que deve ter a autonomia para escolher como quer ser atendido.  

Cruz argumenta que a fiscalização visa diminuir o volume de reclamações e também pede que os consumidores denunciem as irregularidades, para que o órgão possa atuar. A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa do Itaú, que se posicionaria via nota oficial, o que não ocorreu até o fechamento desta edição.