Os municípios integrantes do Consórcio Intermunicipal de Saúde do Vale do Ivaí (Cisvir) têm mais R$ 1,4 milhão em verbas de uso imediato junto ao Ministério da Saúde em sobras de convênios. Os recursos 'esquecidos' foram revelados nesta quinta-feira (24) em uma reunião de prefeitos junto ao superintendente do Ministério da Saúde no Paraná, Luiz Armando Erthal, que esteve na sede do consórcio, em Apucarana, acompanhado pelo deputado estadual Arilson Chiorato (PT).
LEIA MAIS: Padre perseguido por mulher em Arapongas decide deixar paróquia
O encontro reuniu prefeitos e secretários de Saúde dos 18 municípios que integram o Cisvir. O presidente do Cisvir, prefeito Hermes Wicthoff (PSD), de Mauá da Serra, participou da reunião de trabalho.
Luiz Armando está visitando todos os consócios regionais de saúde do Paraná para apresentar aos prefeitos os novos programas do Ministério da Saúde, conforme linha de atuação estabelecida pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), bem como os recursos disponíveis aos consórcios e prefeituras para custeio de serviços e investimentos na saúde pública.
Luiz Armando fez uma revelação que surpreendeu prefeitos e secretários de saúde. Segundo ele, muitos municípios do Brasil e, em especial, do Paraná e da região, têm recursos disponíveis em suas contas no Ministério da Saúde para uso imediato e não têm conhecimento desta situação. São sobras de convênios firmados até o ano de 2018 que as prefeituras não utilizaram, mas ainda pertencem a elas. Esses recursos ainda podem ser utilizados pelos municípios sejam em investimentos ou em custeio na saúde, com prazo de captação até no máximo dezembro deste ano. Se isso não for feito, retornam para o Ministério da Saúde. “Mas o governo do presidente Lula não quer esses recursos de volta, ele quer que os municípios peguem esse dinheiro e invistam na atenção básica de saúde da população”, afirmou o superintendente.
Ele citou os municípios integrantes do Cisvir que ainda têm dinheiro em conta junto ao Ministério da Saúde e está esquecido. Jandaia do Sul tem à sua disposição R$ 287 mil; Sabáudia, R$ 275 mil; Rio Bom, R$ 98 mil; Kaloré, R$ 94,9 mil; Grandes Rios; R$ 68,9 mil; Novo Itacolomi, R$ 54,7mil; Faxinal, R$ 42 mil; Cambira, R$ 19,9 mil; Bom Sucesso, R$ 18,5 mil; Califórnia, R$ 12 mil; São Pedro do Ivaí, R$ 11,3 mil; Marilândia do Sul, R$ 4,5 mil; Marumbi, R$ 3,3 mil; Mauá da Serra, R$ 1,6 mil; e Borrazópolis, que tem uma pequena sobra de R$ 117,00 apenas. Apucarana, Arapongas e Rosário do Ivaí têm saldo zero nesta lista.
Em contrapartida, de 2018 para cá Apucarana tem um saldo disponível em conta no valor de R$ 146 mil e Arapongas, R$ 300 mil. Esse recurso pode ser captado ainda neste ano ou em 2024. Para receber esse dinheiro, basta as prefeituras fazerem a requisição direto junto ao Ministério da Saúde, sem passar pela intermediação de deputados.
Por Edison Costa
Deixe seu comentário sobre: "Municípios da região têm mais de R$ 1,4 mi para saúde 'esquecidos'"