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Municípios da região reforçam segurança de escolas após tragédia em SC

Prefeituras decidem rever proteção de estabelecimentos de ensino após morte de quatro crianças em Blumenau por invasor

Da Redação

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Arapongas anuncia criança de aplicativo de emergência para escolas
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Arapongas anuncia criança de aplicativo de emergência para escolas
Escrito por Da Redação
Publicado em 06.04.2023, 16:17:56 Editado em 06.04.2023, 16:20:47
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A onda de violência registrada em escolas está assustando pais e profissionais de educação de todo Brasil. Na região, prefeituras e colégios particulares anunciaram medidas de reforço na segurança e de controle de acesso desses estabelecimentos de ensino por conta da escalada de ataques e ameaças.

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A maioria dos anúncios de ações para proteger os alunos ocorreu nesta quinta-feira (6), um dia após a tragédia envolvendo crianças em uma escola infantil de Blumenau (SC) que abalou o país. Um homem de 25 anos pulou o muro do estabelecimento de ensino armado com uma machadinha e matou quatro crianças. As vítimas - três meninos e uma menina – tinham entre 4 e 7 anos, e foram atingidas com golpes na região da cabeça. Outras cinco crianças também foram atingidas e estão hospitalizadas. O autor do crime foi preso e a polícia investiga as motivações do ataque.

-LEIA MAIS: Aluno apreendido com pistola 380 em Londrina pretendia 'se defender'

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A violência nas escolas é uma realidade também na região. Apenas neste ano, quatro casos de agressões ou ameaças foram registrados na área de abrangência do Núcleo Regional de Educação (NRE), de Apucarana. O mais recente ocorreu em 29 de março em Arapongas, quando um adolescente de 16 anos sacou uma arma na escola para ameaçar um colega. Ele foi apreendido e está internado provisoriamente no Centro de Socioeducação (Cense), de Londrina, por determinação do Poder Judiciário.

Nesta quinta-feira (6), um outro caso chamou atenção no Paraná. Um aluno foi apreendido em Londrina com uma pistola 380, mobilizando um grande aparato de segurança. O adolescente se justificou afirmando que teria levado a pistola na mochila para se defender de um suposto ataque que o colégio poderia sofrer.

Há também registros de mensagens em redes sociais ameaçando massacres em escolas – incluindo em Apucarana-, que depois são desmentidos pelos autores após mobilização da Patrulha Escolar, da Polícia Militar (PM), sob alegação de “brincadeiras”.

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Todo esse contexto está gerando apreensão, motivando ações dos municípios e também de colégios.

SÃO JOÃO DO IVAÍ

Em São João do Ivaí, a prefeita Carla Emerenciano (União Brasil) promete implementar um plano de ações para aumentar a proteção dasescolas. Entre as medidas previstas está a aquisição de câmeras de segurança e de detectores de metais. “Além disso, faremos um levantamento em todas as escolas para reforçar a segurança nos muros e cercas, afinal, nas escolas estão nossos bens mais preciosos”, disse.

Em março deste ano, o município registrou um incidente que ganhou repercussão estadual, após um pai que estava em uma escola municipal ter invadido uma sala de aula e ameaçado um colega do filho. A Justiça concedeu uma medida protetiva em relação à criança, que tem quatro anos e está no ensino infantil.

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SÃO PEDRO DO IVAÍ

A prefeita de São Pedro do Ivaí, Maria Regina Della Rosa Magri (União Brasil), também anunciou reforço na segurança. Ela observa, no entanto, que o município já vem adotando algumas medidas nesse sentido desde2021.

Segundo ela, São Pedro do Ivaí investiu R$ 122 mil para equipar as escolas municipais e centros de educação infantil (CMEis) com câmeras de monitoramento, interfones e fechaduras eletrônicas. Apesar dos investimentos já realizados, a administração enaltece que está estudando outras medidas para serem acrescentadas.

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“Não podemos ficar assistindo à realidade e esperar as coisas acontecerem para remediar. Nosso trabalho sempre foi focado na prevenção”, frisa a prefeita.

ARAPONGAS

Em Arapongas, a Secretaria Municipal de Segurança Pública e Trânsito (Sestran) anunciou nesta quinta-feira (6) o desenvolvendo umaplicativo de emergência voltado para atendimento em toda a rede municipal de ensino.

“Infelizmente, com os recentes ataques em escolas registrados em outras cidades, bate uma insegurança nos pais e toda a comunidade escolar. Por isso, estamos trazendo mais esta ferramenta para fortalecer a segurança, tanto dentro como fora das salas de aula. Queremos zelar pela tranquilidade, garantindo uma segurança efetiva e integrada”, disse o secretário Paulo Sérgio Argati.

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Na próxima semana, a Secretaria Municipal de Segurança e a Secretaria de Educação farão uma reunião para definir a aplicação de um curso prático para professores e alunos, abordando métodos de comportamento em situações de emergência.

A Guarda Municipal de Arapongas (GMA) conta também com ramais específicos para atendimento. Além do 153 (emergência), é possível acionar a corporação pelos telefones 0800-645-9060 ou 3902-1010.

LUNARDELLI

Oprefeito de Lunardelli, Reinaldo Grola (PSD), anunciou nesta quinta-feira (6)medidas para reforçar a segurança das escolas do município. “Nos últimos dias temos assistidos fatos lamentáveis ocorridos em escolas em todo o Brasil, tirando vida de alunos e professores. Claro que isso nos deixa tristes e também muito preocupados”, afirmou o prefeito em vídeo publicado nas redes sociais.

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“Nossas escolas na sede do município já contam com câmeras de segurança instaladas e estamos providenciando agora a rede de internet para ter acesso diretamente a essas câmeras. Em breve, elas estarão funcionando 24h por dia para monitorar quem acessa ou sai das escolas”, afirma.

Outro investimento será a instalação de portões eletrônicos. “Duas escolas da sede já têm (os portões eletrônicos). Está faltando uma na sede e outra na localidade conhecida como Primavera.

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Segundo o prefeito, a questão de monitorar o acesso tem se mostrado primordial. “Vamos orientar as escolas para restringir o acesso de pessoas, principalmente de estranhos, onde está o maior risco”, acrescenta.

Ele também afirma que vai melhorar a segurança dos muros, com a instalação de grades de proteção. “Assim como fizemos na Escola Municipal Professora Maria Miskalo Lesak, vamos levar para as outras escolas. Lá tinha um problema com invasão e isso acabou após esse trabalho que fizemos”.

COLÉGIOS DE APUCARANA

Coordenador de uma escola da rede particular de Apucarana que atende a educação infantil, ensino fundamental e médio, Vinícius Ohya afirma que o estabelecimento decidiu reforçar a segurança como forma deprevenção após os últimos acontecimentos.

“Essa é a resposta da escola para essa situação registrada em Santa Catarina e também para esses outros fatos ocorridos em Londrina e em Arapongas. Isso gerou um alarde. Para que os pais se sintam tranquilos, tomamos a providencia de reforçar a segurança", afirma.

Segundo Ohya, uma empresa foi contratada para acompanhar a saída dos alunos. A portaria também foi orientada a fazer uma abordagem mais rigorosa em relação à entrada de pessoas que não sejam funcionários e alunos.

Diretor de outro colégio de Apucarana que também atua com alunos da rede infantil ao ensino médio, Tiago Luís Almeida afirma que a situação atual motivou uma reunião sobre a segurança interna das duas unidades de ensino da instituição. Foi solicitado o reforço no trabalho de vigilância das instalações, que já são fechadas por cercas elétricas.

“Nenhum estranho tem acesso a parte interna da escola. O trabalho de terceirizados é sempre com empresas e com pessoas que já trabalham conosco”, afirma. Tiago admite que a situação gera preocupação e representa um problema social. “Precisamos olhar e cuidar cada vez mais dos adolescentes em casa. No pós-pandemia, eles estão cada vez mais retraídos e têm na internet os seus ‘melhores amigos’. Há uma grande cultura nesses ambientes virtuais de desvalorização da vida”, avalia o diretor.

Outro colégio particular de Apucarana também comunicou aos pais, em mensagem em aplicativo interno de comunicação com as famílias dos estudantes, que a instituição vai ampliar a segurança e que está preocupada com a segurança dos alunos diante desse contexto de violência.

Por Fernando Klein

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