Um novo projeto de lei que trata sobre o fim da escala 6X1 no Brasil se tornou um dos assuntos mais comentados no X (antigo Twitter) neste sábado (9). A novidade que está gerando discussões em todo o Brasil pode mudar o futuro da jornada de trabalho para muitos profissionais.
Lideranças discutem atualmente a proposta, que ganhou força após o vereador Rick Azevedo, do PSOL/RJ, liderar o movimento chamado "Vida Além do Trabalho". Entenda abaixo detalhes deste projeto.
Fim da escala 6×1: como fica?
Hoje, a escala 6×1 é uma prática bastante comum em diversos setores no país. Nessa jornada, o trabalhador tem seis dias seguidos de trabalho, seguidos por um único dia de descanso.
Para muitas atividades, como as indústrias, os serviços essenciais e a manutenção e limpeza, essa escala funciona como uma forma de garantir operações contínuas sem parar o fluxo de trabalho.
Mas as mudanças que estão sendo debatidas no Congresso podem fazer com que esse modelo de jornada de trabalho deixe de existir.
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A escala 6×1 pode ser considerada dura para quem vive na rotina de serviços ininterruptos.
O tempo de trabalho geralmente é de cerca de 7 horas e 30 minutos, o que, embora pareça razoável, deixa muitos profissionais com pouco espaço para descanso.
Para alguns, esse sistema lembra o passado, quando jornadas longas e sem direitos eram a regra.
De acordo com o vereador Rick Azevedo, a escala é uma prática ultrapassada e comparou a jornada de trabalho com uma “forma de escravidão moderna”, alegando que um único dia de descanso por semana é insuficiente para garantir a qualidade de vida dos trabalhadores.
O movimento ganhou força com a participação de outros políticos, como a deputada Erika Hilton (PSOL/SP), que propôs uma audiência pública para discutir o fim da escala 6×1.
A proposta foi aprovada pela Comissão de Trabalho da Câmara em abril de 2024, mas a luta continua.
Em novembro de 2024, as discussões estão mais intensas, e um projeto de Proposta de Emenda Constitucional (PEC) já está sendo discutido para formalizar essa mudança na Constituição, exigindo um número significativo de assinaturas no Congresso.
Veja:
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Setores mais afetados com o fim da escala 6×1
A escala 6×1 é mais comum em indústrias, mercados, restaurantes, hotéis, farmácias, manutenção e limpeza.
Profissionais dessas áreas são os mais diretamente impactados pela mudança, já que os horários de trabalho precisam ser ajustados para não comprometer a operação dos serviços essenciais.
Mas será que todos os setores sentirão o impacto de uma mudança radical?
A indústria e o setor de serviços essenciais são os mais dependentes dessa jornada de trabalho.
Por exemplo, empresas de limpeza ou manutenção, que operam 24 horas por dia, sete dias por semana, dependem da escalabilidade dessa jornada para garantir o funcionamento contínuo.
Com a eliminação da escala 6×1, essas empresas precisarão revisar sua estrutura de trabalho e encontrar alternativas que não sobrecarreguem os seus colaboradores.
Profissões mais beneficiadas
Com a possível mudança da lei, trabalhadores do setor de serviços, como farmácias, restaurantes e supermercados, podem ser os primeiros a perceber os benefícios dessa alteração.
Com mais tempo livre para se dedicar à vida pessoal, a qualidade de vida desses profissionais tende a melhorar, permitindo que eles se recuperem mais adequadamente da carga de trabalho intensa que enfrentam.
Além disso, o setor público também poderá ser impactado positivamente, já que diversos trabalhadores vinculados a órgãos governamentais e serviços essenciais que operam em regime de plantão poderão se beneficiar de jornadas mais justas e equilibradas.
Desafios para o futuro da jornada de trabalho no Brasil
Segundo especialistas, será um desafio para empresas de serviços essenciais ajustarem suas rotinas de trabalho para atender à demanda da sociedade por jornadas mais flexíveis e dignas.
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A PEC que propõe a alteração da escala 6×1 ainda precisa de um apoio massivo no Congresso, com a coleta de 171 assinaturas na Câmara dos Deputados para seguir adiante.
A expectativa é que, se a mudança for aprovada, as profissões afetadas possam passar por uma reestruturação que ofereça mais qualidade de vida aos trabalhadores, sem prejudicar a continuidade das operações em serviços essenciais.
Fonte: Click Petróleo e Gás.
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