O ex-deputado federal Jean Wyllys (PT) e o governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite (PSDB) discutiram pelas redes sociais por causa das escolas cívico-militares, modelo educacional encerrado pelo governo Lula esta semana. Wyllys chamou Leite de "gay com homofobia internalizada" e o governador rebateu "manifestação deprimente. Lamento sua ignorância".
O confronto aconteceu na noite desta sexta-feira, 14, e começou com Wyllys compartilhando nas suas próprias redes sociais o anúncio de Leite de que manteria as escolas cívico-militares no Rio Grande do Sul, contrariando o que decidiu o Ministério da Educação.
"Que governadores héteros de direita e extrema-direita fizessem isso já era esperado. Mas de um gay...? Se bem que gays com homofobia internalizada em geral desenvolvem libido e fetiches em relação ao autoritarismo e aos uniformes; se for branco e rico então... Tá feio, 'bee' (gíria para homem homossexual)", escreveu o ex-deputado.
O comentário foi rebatido pelo governador. "Manifestação deprimente e cheia de preconceitos em incontáveis direções e que em nada contribui para construir uma sociedade com mais respeito e tolerância. Jean Wyllys, eu lamento a sua ignorância", respondeu Leite.
No começo de julho, o ex-deputado voltou ao Brasil. Ele passou quatro anos morando no exterior por causa de ameaças de morte que sofreu no País. Embora tenha sido reeleito para o seu terceiro mandato, em janeiro de 2019, nas primeiras semanas do governo de Jair Bolsonaro (PL), ele desistiu de tomar posse e foi para o exterior.
Acolhido pela primeira-dama Janja Lula da Silva, o ex-deputado, que é jornalista de formação, ganhou um cargo na Secretaria de Comunicação (Secom) da Presidência. Ele será assessor no planejamento de comunicação do governo e trabalhará diretamente com o ministro da pasta, Paulo Pimenta.
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