A Polícia Civil do Paraná suspeita que a menina de 10 anos que foi morta pela mãe no município de Guarapuava, na região Central do Estado, tenha sido mantida viva com o cadáver do irmão mais novo, de três anos.
Ana Hass, a delegada responsável pela investigação do caso da paranaense de 30 anos que confessou ter matado os dois filhos, afirmou nesta terça-feira (30) que a suspeita só poderá ser confirmada com o resultado dos laudos periciais. De acordo com a policial, se comprovado que a criança foi mantida junto ao cadáver, o inquérito pode ainda indiciar outros crimes, como de tortura e cárcere privado.
"Nós estamos aguardando laudo pericial que vai ser a única forma da gente comprovar essa informação. Mas já no local dos fatos, entrando em contato com os cadáveres, restou evidente sim que o cadáver do menino estava um pouco mais perecido", disse.
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Conforme informações do g1, a advogada de defesa da mãe, Eliara Paz Nardes, busca contato com a cliente e irá pedir exames médicos psiquiátricos para apurar a saúde mental da mulher. Anteriormente, a versão de surto foi desconsiderada no inquérito policial, sem pedido por parte da polícia para um laudo psiquiátrico.
Isso porque, de acordo com a delegada, a mulher afirmou nunca ter feito nenhum tratamento nem ter tido qualquer episódio de surto durante a vida.
"Toda a dinâmica dos fatos leva a crer que isso não aconteceu. Primeiramente, ela teria até premeditado esse crime e possivelmente ao passar cerca de 15 dias com os cadáveres das crianças, nós entendemos que ela passou esse tempo bolando estratégias de defesa ou bolando formas de se escusar, achar desculpas, escusas para apresentar às forças policiais", explicou Hass.
Vida normal após O crime
A delegada afirmou que os indícios são de que a mulher levou uma vida normal após o crime. Testemunhas afirmaram terem recebido ligações dela oferecendo créditos consignados - ela era representante de uma empresa no ramo. Segundo a polícia, a mulher trabalhava de casa.
Além disso, a suspeita relatou que saiu de casa um dia para tentar tirar a própria vida ao se jogar em um rio, mas desistiu pois "estava frio". Câmeras de monitoramento do prédio serão analisadas pela Polícia Civil. A delegada também informou que a mulher limpou os cômodos onde ficava no apartamento.
"É difícil a gente imaginar para qualquer tipo de situação um ser humano permanecer com um cadáver dentro do ambiente. Até por questões de odor, de sujeira. O apartamento estava sujo, com bastante sangue, tanto que ela limpou a parte que ela estava habitando. Para não se incomodar com aquela visão enquanto ela ensaiava ali as suas justificativas para a autoridade", afirmou.
Fonte: Informações do g1.
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