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BNDES poderá liderar consórcio de bancos para socorrer o Rio

LUCAS VETTORAZZO RIO DE JANEIRO (FOLHAPRESS) - O governo federal ainda busca um modelo para privatizar a Cedae, a companhia de águas e esgoto do Estado do Rio. A ideia é vender a empresa ou dá-la como garantia para um empréstimo de R$ 3,5 bilhões ao gover

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 24.07.2017, 22:45:04 Editado em 24.07.2017, 22:45:04
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LUCAS VETTORAZZO

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RIO DE JANEIRO (FOLHAPRESS) - O governo federal ainda busca um modelo para privatizar a Cedae, a companhia de águas e esgoto do Estado do Rio. A ideia é vender a empresa ou dá-la como garantia para um empréstimo de R$ 3,5 bilhões ao governo do Rio, hoje em grave crise fiscal.

O BNDES deve liderar um consórcio de bancos que emprestará dinheiro ao Rio, tendo o compromisso de venda da Cedae como garantia. Essa alternativa foi apresentada nesta segunda-feira (24) pelo ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco, após reunião na sede do banco, no Rio.

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Não está claro ainda como isso será feito, já que há restrições legais para que bancos estatais emprestem dinheiro para que Estados paguem suas folhas salariais, justamente o propósito do governo do Rio.

A Constituição não permite que bancos oficiais financiem gastos com pessoal, mas não impede que bancos privados o façam.

Há, portanto, a possibilidade que o BNDES atue como uma espécie de líder de um consórcio, sem, contudo, financiar a maior parte do projeto. Ele atuaria como um coordenador da operação, ficando com parte marginal do dinheiro a ser repassado ao Estado do Rio.

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O governo do Rio calcula que R$ 3,5 bilhões seja o valor mínimo para colocar em dia o salário do funcionalismo. Desse total, R$ 2,3 bilhões serão para o pagamento do 13º salário do ano passado e os vencimentos de maio e junho deste ano, em atraso.

O R$ 1,2 bilhão restante seria para regularizar futuros pagamentos ou será usado no custeio da máquina pública, segundo disse o secretário de Fazenda do Estado do Rio, Gustavo Barbosa.

Em caso de uso do dinheiro para custeio, o BNDES fica liberado para participar da operação financeira, explicou o superintendente de Desestatização do banco, Rodolfo Torres.

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Participaram da reunião o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, o presidente do BNDES, Paulo Rabelo de Castro, e Moreira Franco, o principal fiador do projeto junto ao governo federal.

Moreira Franco ressaltou, no entanto, que o governo ainda não fechou o modelo que será adotado.

O ministro afirmou também que, além da opção de o BNDES ser líder de um pool de bancos, o governo trabalha com a possibilidade de a instituição comprar a totalidade da Cedae, informação, considerada, contudo, remota pela diretora de Infraestrutura do Banco, Marilene Ramos.

Segundo ela, a compra da empresa pelo banco demandaria avaliações e cálculos quanto ao valor da empresa, contas que são mais complexas de fazer e que demorariam mais tempo do que o governo do Rio tem para ajustar suas contas. Um empréstimo seria mais rápido, disse.

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