Três mães procuraram a Polícia Civil de Apucarana, no norte do Paraná, nesta quarta-feira (6) para denunciar uma professora por agressões que teriam sido sofridas pelos filhos em uma escola particular da cidade. Um vídeo em poder das mães mostra dois alunos - um menino e uma menina de dois anos - agredidos em sala de aula com tapas. A mesma professora é responsável pelos dois registros de violência. A escola, localizada no centro, trabalha com crianças do maternal ao ensino infantil.
A gravação teria sido repassada pela própria escola a uma das mães, que cobrou explicações sobre ferimentos do filho. O estabelecimento de ensino, visando comprovar que o machucado havia sido provocado por uma queda, encaminhou o vídeo. No entanto, a filmagem mostrou também duas crianças sendo agredidas. Uma professora bate no rosto de uma criança sentada na sala de aula e depois no menino que havia caído, após a criança ser erguida e colocada no colo por uma ajudante. Veja o vídeo abaixo
A advogada Henryette Mayara do Prado Ribeiro, de Apucarana, acompanhou duas mães à Delegacia da Mulher. Uma terceira mãe também registrou boletim de ocorrência, mas com outro profissional de Direito. Henryette conta que as agressões ocorreram na terça-feira (5).
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“As mães relataram que já haviam percebido hematomas, mas achavam que eram situações normais envolvendo as crianças. No entanto, o vídeo agora comprova que eram, na verdade, agressões”, diz a advogada.
Após a denúncia, outras mães também estão denunciando situações na escola e algumas crianças também começaram a contar sobre supostos castigos, que incluíam deixar os alunos sozinhos em salas escuras.
As duas mães representadas pela advogada tiraram os filhos da escola. Um deles, inclusive, está traumatizado, tendo pesadelos e não quer voltar a estudar. “Nós vamos aguardar agora a investigação da polícia. Ainda não decidimos qual caminho judicial iremos adotar, se uma ação por danos morais ou não. Não sabemos efetivamente ainda, mas algo será proposto, sem dúvida”, disse.
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Ela afirma que as mães querem justiça. “As mães, obviamente, estão revoltadas e querem a punição da agressora dos filhos”, acrescenta Henryette. Na sexta-feira (8), a advogada e as mães vão se reunir com a direção de escola. “Ainda não conversamos com a diretora”, afirma.
A professora teria sido afastada pela escola. A reportagem procurou a direção do estabelecimento e aguarda um retorno para esclarecer a denúncia. VEJA:
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