MAIS LIDAS
VER TODOS

ECONOMIA

Vendas eletrônicas são desafio para as indústrias do vestuário; veja

Além da tragédia humanitária, a pandemia de covid-19 também trouxe graves prejuízos econômicos e exigiu uma reorganização das empresas

Da Redação

·
Escrito por Da Redação
Publicado em 24.10.2022, 09:42:58 Editado em 24.10.2022, 09:42:45
Imagen google News
Siga o TNOnline no Google News
Associe sua marca ao jornalismo sério e de credibilidade, anuncie no TNOnline.
Continua após publicidade

Além da tragédia humanitária, a pandemia de covid-19 também trouxe graves prejuízos econômicos e exigiu uma reorganização das empresas para manter seus negócios. Por conta das restrições de circulação, ocorreu uma mudança no comportamento dos consumidores, que se voltaram para os meios virtuais. No entanto, a maioria das empresas não estava preparada para as vendas eletrônicas, seja pelo e-commerce (loja online própria) ou marketplace. Veja o vídeo abaixo.

continua após publicidade

Em Apucarana, o setor de confecções sofreu com o problema. A pandemia encontrou muitas marcas próprias despreparadas para as vendas online, que precisaram correr atrás do prejuízo e se reinventar para seguir no mercado. Com o fim das restrições após o avanço da vacinação, dois anos depois, muitas empresas agora comemoram os resultados. No entanto, muitas outras ainda estão se estruturando.

Buscando auxiliar o setor de confecções, a Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) lançou em maio de 2021 o LookModa, um portal exclusivo que funciona como plataforma de marketplace (shopping virtual) para dinamizar as vendas online tanto no atacado quanto no varejo.

continua após publicidade

- LEIA MAIS: Golpes colocam mercado de criptomoedas em xeque; como investir?

O diretor-geral do Look Moda, Eduardo Scalon, explica que o portal tem 20 empresas participantes até agora, sendo duas de Apucarana. Outras duas da cidade já assinaram e devem incorporar seu conteúdo ainda neste ano. Scalon afirma que depois da pandemia a procura vem aumentando, porque as empresas perceberam que não podem mais ficar de fora desse nicho.

No entanto, ele alerta que essa incursão representa um desafio. “O setor de vendas virtuais precisa ser encarado como um departamento dentro da empresa e isso exige investimento. É algo desafiador, porque há necessidade de uma estrutura profissional”, afirma.

continua após publicidade

Segundo ele, há uma falta de conhecimento ainda sobre o assunto. “Muitas empresas criam a expectativa de gastar pouco e vender rápido na internet. Isso é ruim, porque não funciona desse jeito”. Scalon assinala, por conta disso, que é importante capacitar o empresariado.

Por isso, a Fiep está discutindo um cronograma de cursos pelo Estado para tirar dúvidas e ajudar no desenvolvimento das próprias plataformas.

Ele explica que o LookModa funciona como um marketplace (shopping virtual), que agrega produtos de várias empresas na mesma página. O portal também está incluído no hub do Mercado Livre e os outros marketplaces importantes do país. Cada empresa tem uma página própria no site, com autonomia para divulgação de produtos.

continua após publicidade

Segundo Scalon, a maioria dos participantes já tem seus próprios canais de vendas online e, dessa forma, o LookModa funciona como mais um agregador para vendas.

“A empresa já contrata um fotógrafo, já tem uma estrutura no próprio e-commerce e também dentro da fábrica. Quanto o maior o número de canais de vendas, melhor”

- Eduardo Scalon, diretor-geral
continua após publicidade

As empresas interessadas podem acessar o site www.lookmoda.com.br e também procurar informações no Sindicato da Indústria do Vestuário de Apucarana e Vale do Ivaí (Sivale).

Capital do boné e das marcas próprias

Dono da Manos Caps, César Ramos já faz parte da plataforma LookModa. No entanto, ele ainda está aprimorando o conteúdo na página e também melhorando o próprio e-commerce. “A nossa visão é que o LookModa vai agregar na venda das marcas próprias. Há muito ainda a explorar messe mercado”, diz.

A Manos Caps é referência hoje no vestuário no segmento hip hop e está entre as patrocinadoras oficiais da Seleção Brasileira de Breaking, que vai estrear nas Olimpíadas de Paris em 2024.

continua após publicidade

César Ramos afirma que ainda falta muita informação sobre as vendas eletrônicas. “Se não estiver na internet, esquece. A galera está mais em casa, como celular na mão, e todo mundo compra pela internet”, afirma.

A empresa quer aumentar a presença no e-commerce. Por isso, aderiu ao LookModa e, segundo o proprietário, também está aprimorando a própria plataforma. Além do próprio site, que está em fase de atualização, a empresa vende em marketplaces já consolidados, como o Mercado Livre.

“Nós queremos ser apenas a capital do boné, mas também a capital das marcas próprias, fazendo acreditar no seu produto, no que vem fazendo, e estar inserido nesse mercado tão grande”, completa o empresário. Com 65 funcionários, o Manos Caps produz 25 mil peças por mês, desde bonés, camisetas e shoulders bags.

continua após publicidade

Empresas procuram acompanhar as mudanças

A pandemia de covid-19 pegou de surpresa a Parra Couros, especializada em roupas de couro em Apucarana. Até 2020, 90% das vendas ocorriam de forma presencial em feiras e exposições agropecuárias. Com as restrições de circulação, foi preciso focar nos canais eletrônicos. Hoje, 50% das vendas já vêm do e-commerce e do marketplace, segundo o proprietário Miguel Henrique Parra.

Ele conta que as vendas onlines foram iniciadas em 2014, mas ocorriam de forma tímida e até despretensiosa. “Nosso forte sempre foi a venda presencial, mas chegou a pandemia e a gente precisou se reinventar. Investimos no nosso site e também passamos a integrar os marketplaces do Mercado Livre, Americanas, Magazine Luíza, entre outros. Fomos expandindo e hoje os resultados são positivos”, diz.

Se no primeiro momento a pandemia gerou preocupação com o futuro dos negócios, a mobilização feita para se readequar com o público que não podia mais sair de casa veio para ficar. “A gente já vendia para o Brasil todo, mas participando de feiras em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás... Agora a gente continua vendendo para esses estados pela internet e também agora novamente nas feiras”, diz.

Mesmo com um mercado já consistente, ele vai integrar também o LookModa, de olho na ampliação de sua presença no mercado virtual. Assista:

Além da tragédia humanitária, a pandemia de covid-19 também trouxe graves prejuízos econômicos e exigiu uma reorganização das empresas para manter seus negócios. Por conta das restrições de circulação, ocorreu uma mudança no comportamento dos consumidores, que se voltaram para os meios virtuais. No entanto, a maioria das empresas não estava preparada para as vendas eletrônicas, seja pelo e-commerce (loja online própria) ou marketplace tnonline

Por, Fernando Klein

GoogleNews

Siga o TNOnline no Google News

Gostou desta matéria? Compartilhe!

Icone FaceBook
Icone Whattsapp
Icone Linkedin
Icone Twitter

Mais matérias de Apucarana

Deixe seu comentário sobre: "Vendas eletrônicas são desafio para as indústrias do vestuário; veja"

O portal TNOnline.com.br não se responsabiliza pelos comentários, opiniões, depoimentos, mensagens ou qualquer outro tipo de conteúdo. Seu comentário passará por um filtro de moderação. O portal TNOnline.com.br não se obriga a publicar caso não esteja de acordo com a política de privacidade do site. Leia aqui o termo de uso e responsabilidade.
Compartilhe! x

Inscreva-se na nossa newsletter

Notícia em primeira mão no início do dia, inscreva-se agora!