A Polícia Civil de Apucarana deu início às investigações sobre o caso do menino de 5 anos, que ingeriu veneno acidentalmente, a princípio em um sítio, no sábado (31), véspera de ano novo, e faleceu depois de ser internado no Hospital da Providência Materno Infantil.
De acordo com o delegado da 17ª SDP, Marcus Felipe da Rocha, a polícia tomou conhecimento do caso apenas após o falecimento do garoto. "Ontem recebemos a informação do caso. Buscamos identificar relatos e pessoas que pudessem trazer informações a respeito. A equipe conseguiu chegar em um membro do conselho tutelar, que teria recebido da médica um relatório de que a criança estaria internada e depois veio a óbito por conta do envenenamento", contou.
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O Instituto Médico Legal (IML) foi solicitado pela Polícia Civil e realizou o exame de necropsia, segundo o delegado. "Iniciamos a investigação, fizemos o boletim de ocorrência, requisitamos o IML para fazer o recolhimento do corpo, que já passou pelo exame de necropsia. Ainda faltam alguns exames para confirmar o envenenamento", disse.
Ainda de acordo com o delegado, um inquérito policial foi instaurado. "Acabamos descobrindo que já tinham algumas denúncias de maus-tratos contra a criança. Então cabe agora a Polícia Civil, com inquérito policial instaurado, verificar o grau de responsabilidade da mãe, do padrasto e das pessoas com quem a criança morava", explicou.
"A mãe e o padrasto têm o dever de guarda, o dever de cuidado em relação a uma criança. A possibilidade de ter um crime culposo, ou como chamamos omissão penalmente relevante, é grande. Então, o inquérito foi instaurado para isso, uma criança de 5 anos que morre envenenada é muito grave, muito triste, e se tiver que responsabilizar alguém, a gente vai tomar as providências necessárias", completou o delegado.
Uma conselheira tutelar já foi ouvida e mais oitivas devem ser realizadas pela polícia. "Não só a mãe e o padrasto, mas os vizinhos, a médica intensivista, e se for o caso, vamos realizar oitivas das pessoas que tiveram contato com a mãe, o pessoal do IML também. Da conselheira tutelar já realizamos", informou.
Marcus Felipe ainda disse que a criança seria doadora de órgãos, porém, por conta do envenenamento, o corpo precisou ser encaminhado ao IML após o óbito. "Infelizmente tomamos conhecido do caso só depois do falecimento, a criança seria uma doadora de órgãos, já tinha uma equipe no hospital para retirar os órgãos, mas deu tempo de requisitar o exame de IML. É necessário que a gente colha a materialidade desse envenenamento para poder mandar ao laboratório, para ajudar na investigação e conseguir apurar os fatos", contou.
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