Ocorre nesta quinta-feira (30), às 9 horas, a solenidade de implantação do modelo cívico-militar no Colégio Estadual Heitor Cavalcanti de Alencar Furtado, localizado no Núcleo João Paulo, em Apucarana. O evento contará com a presença de representantes da Secretaria de Estado da Educação e Esportes (Seed-PR) e também do Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (Pecim), desenvolvido pelo Ministério da Educação, com apoio do Ministério da Defesa e das Forças Armadas.
A adesão ao modelo cívico-militar foi aprovada pela comunidade escolar em fevereiro deste ano. A consulta pública recebeu 344 votos, sendo 237 a favor da implantação, 102 contra, 3 nulos e 2 brancos. Puderam votar pais, responsáveis e alunos com mais de 16 anos.
O Colégio Estadual Heitor Cavalcanti de Alencar Furtado tem 587 estudantes matriculados nos ensinos fundamental e médio. Segundo o diretor José Carlos da Silva, sete militares da reserva do Exército já começaram os trabalhos em 1º de junho, em uma fase de aclimatação junto aos estudantes, professores e funcionários. Eles vão trabalhar como monitores, com foco inicial na questão disciplinar.
“A expectativa é a melhor possível. Já estamos percebendo alguns resultados positivos. Não temos mais, por exemplo, a presença de pessoas estranhas à escola na saída das aulas, entre outros avanços no aspecto disciplinar”, diz o diretor.
Ele afirma que, no próximo ano, estão previstas mudanças na grade curricular, com a inclusão de uma disciplina ligada à questão cívico-militar. Além disso, os alunos devem receber uniformes. “Isso, no entanto, ainda vai demorar um pouco”, assinala.
O diretor garante que a receptividade é boa entre alunos e pais, apesar de alguns protestos e críticas ao modelo durante a consulta popular em fevereiro. Na época, houve até uma manifestação em frente à escola contra a proposta.
“A adesão ao regime cívico-militar ocorreu de forma democrática. Os pais tiveram antes da consulta pública acesso a informações sobre o modelo e puderam tirar suas dúvidas. Com o início do projeto, até mesmo alguns alunos contrários já estão mais receptivos com o modelo cívico-militar”, completa.
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