Apucarana, no norte do Paraná, encerrou 2022 com um total de 20 homicídios. O índice é cinco vezes maior do que o acumulado de 2021 que fechou com 4 crimes do tipo, um aumento de 400% em relação ao ano passado. Segundo a Polícia Civil, o aumento foi motivado, sobretudo, pela disputa territorial por tráfico de drogas no município.
Dos crimes registrados neste ano, nove já foram elucidados, afirma o delegado Marcus Felipe da Rocha Rodrigues, chefe da 17ª Subdivisão Policial (SDP). De acordo com ele, 2022 foi um ano incomum com uma quantidade de homicídios acima da média. "Temos quase metade dos homicídios elucidados e continuamos as investigações para identificar e responsabilizar os indivíduos que praticaram esses crimes", afirma.
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Chama a atenção, segundo o delegado, que a maior parte dos crimes está relacionada à briga pelo tráfico de drogas, o que dificulta a investigação por parte da Polícia Civil, uma vez que as testemunhas têm receio de passar informações por medo de represália. Entre os crimes ocorridos em 2022 com esse contexto está o assassinato de um homem de 36 anos, conhecido como Jacaré, em um bar no dia 16 de dezembro, no Jardim Ponta Grossa, que conforme a polícia tem relação com o tráfico de drogas.
"Muitas vezes a gente tem a linha de investigação mas não consegue comprovar a autoria dos crimes. Mas a gente continua nessa tarefa de tentar comprovar e elucidar", assinala.
Só no mês de dezembro foram quatro homicídios e 1 feminicídio. Destes crimes, pelo menos dois tiveram as autorias identificadas: o assassinato de Geovane Cesar Castro, cuja autora se apresentou à polícia, e o feminicídio de Tainá Cristina da Silva, que segundo a polícia, foi praticado pelo ex-companheiro dela.
"As investigações estão em pleno andamento. A Polícia Civil está levantando elementos e provas para representar, se for o caso, pelas cautelares junto ao poder judiciário. A gente está trabalhando para tentar elucidar, mas existe uma certa dificuldade quando a vítima é uma pessoa totalmente envolvida com o tráfico de drogas. Infelizmente é o que vem acontecendo em Apucarana", pontua o delegado.
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