A direção do Colégio Cívico-Militar Padre José Canale, no Jardim Ponta Grossa, em Apucarana, pretende realizar uma série de ações junto à comunidade escolar na próxima semana após a morte do estudante Alekson Ricardo Kongeski, de 13 anos. O garoto morreu após uma briga nas proximidades da escola, após o fim das aulas, no início da noite de terça-feira (21).
O diretor do colégio, Roberto Carlos de Oliveira, mais conhecido como Canela, afirmou nesta quarta-feira (22) que a morte do estudante gerou comoção. Ele afirma que está aguardando a chegada da comissão de direitos humanos da Secretaria de Estado da Educação e Esportes (Seed-PR) para definir as estratégias que serão adotadas, mas afirma que serão realizadas palestras e reuniões com a comunidade escolar para debater o problema da violência e defender uma “cultura de paz”.
“O momento é muito triste para mim também, como diretor. A gente está no dia a dia das crianças, tentando ensinar que a violência não compensa”, diz Canela.
O diretor observa que a briga não ocorreu dentro da escola, mas, sim, após o horário de aulas a cerca de 250 metros do portão do colégio. As aulas do "Canale" terminam às 18h30. A sexta aula, na maioria dos dias, é reservada justamente para abordar temas cívicos e militares.
Segundo Canela, a escola já realiza um trabalho de combate à violência na rotina diária das atividades. “A gente passa de sala em sala falando sobre a não-violência. Temos uma psicóloga disponível toda terça-feira para conversar com os alunos, por exemplo”, observa.
Segundo ele, o colégio “é seguro”. “Não temos brigas dentro da escola. É algo que pode ser confirmado pela Patrulha Escolar. Foi algo que aconteceu fora do colégio, envolvendo alunos de outras escolas”, diz.
Ele afirma que será necessário um acompanhamento psicológico com os estudantes a partir da próxima semana, quando as aulas serão retomadas. A Seed-PR determinou a suspensão das atividades nesta semana, retornando as atividades na segunda-feira (27).
Segundo ele, não havia informações de conflito entre os estudantes. “Não ouvi nada, inclusive, o aluno que morreu era muito tranquilo. Quando acontecem (provocações ou ameaças de brigas), os próprios alunos avisam. Não foi o caso”, diz Canela. Ele admite, no entanto, que um dos alunos envolvidos tinha um histórico de problemas no ambiente escolar, mas que não havia indícios de que alguma movimentação diferente estivesse acontecendo.
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