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Lula e Bolsonaro usam só 5% do debate para apresentar propostas

Durante o debate, os candidatos à Presidência repetiram confrontos anteriores e dedicaram pouco tempo à apresentação de propostas para o país

Davi Medeiros, Leon Ferrari e Natália Santos (via Agência Estado)

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O debate ocorreu no último domingo (16), na Band
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O debate ocorreu no último domingo (16), na Band
Escrito por Davi Medeiros, Leon Ferrari e Natália Santos (via Agência Estado)
Publicado em 18.10.2022, 07:50:00 Editado em 18.10.2022, 09:03:28
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No primeiro debate presidencial do segundo turno, exibido pela Band no domingo, 16, os candidatos Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) repetiram confrontos anteriores e dedicaram pouco tempo à apresentação de propostas para o país. Os adversários usaram somente 4 minutos e 25 segundos do tempo total de 92 minutos para discutir planos de mudanças reais. A discussão de projetos representou cerca de 5% do embate dos postulantes.

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Questionados sobre propostas pelos entrevistadores do evento, ambos direcionaram críticas ao passado um do outro, destacando feitos negativos de cada governo, em substituição ao debate de ideias sobre saúde, educação e economia. Na soma final, o petista debateu projetos por três minutos e 45 segundos; Bolsonaro, por 58 segundos.

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O candidato do PT criticou o chefe do Executivo pela condução do País durante a pandemia, o orçamento secreto e a política econômica. Bolsonaro, por sua vez, relembrou casos de corrupção que marcaram as gestões petistas e se defendeu das acusações promovidas pela campanha de Lula.

Por mais que o primeiro bloco do debate tenha sido dominado pelo tema da pandemia e as mortes decorrentes da covid-19, os candidatos falaram sobre como viabilizariam promessas de campanha se o presidente da República controla apenas 4% do Orçamento.

Bolsonaro dedicou 17 segundos para se comprometer a tornar o Auxílio Brasil "vitalício". "A origem virá de uma proposta, que já passou na Câmara, visando à reforma tributária, e está no Senado. Vamos manter essa despesa extra de forma permanente, vitalícia." Ele também destacou que o governo estuda "privatizar alguma coisa", sem deixar claro o que seria. "Uma parte (do dinheiro), obviamente, vai para pagar juros da dívida e outra, para irrigar outros projetos."

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Lula citou a aprovação da reforma tributária pela Câmara, tema para o qual dedicou 24 segundos. "Para que a gente possa taxar menos os mais pobres, propomos uma isenção (de) até R$ 5 mil do Imposto de Renda, e cobrar dos mais ricos, que muitas vezes não pagam sobre o lucro e o dividendo."

Indagados sobre projetos que propõem alterações na composição do Supremo Tribunal Federal (STF), Lula disse ser contra. No entanto, cogitou a possibilidade de estabelecer mandato para os ministros. "Acho que a gente pode discutir no futuro, se tiver uma nova Constituinte, quem sabe, ter mandato ou não."

Legislativo

Questionado sobre o orçamento secreto no programa promovido em parceria com a TV Cultura, UOL e Folha de S.Paulo, o ex-presidente destinou 49 segundos à proposta de criação de um "orçamento participativo". Ao responder à mesma pergunta, Bolsonaro usou o tempo para defender sua relação com as Casas Legislativas, rebater o argumento de compra de votos e apontar que parlamentares do PT também receberam as chamadas emendas de relator.

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Na área da educação, Lula usou 1 minuto e 30 segundos para prometer que fará uma reunião com governadores e prefeitos para discutir como recuperar o aprendizado após a pandemia. Bolsonaro dedicou 22 segundos para propor aprimorar o aplicativo Graphogame, que, segundo ele, auxilia na alfabetização.

No terceiro bloco, o petista dedicou 36 segundos para defender sua proposta voltada para a Amazônia. "Destruição, invasão de terra indígena, garimpo ilegal, coisas que vamos proibir no nosso governo", disse o ex-presidente. Ele aproveitou o mesmo contexto para difundir sua proposta de criação do Ministério dos Povos Originários. "Indígenas vão indicar um ministro deste país."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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