Nesta semana uma situação me chamou a atenção e quero compartilhar com você, nobre leitor e leitora. Em meio as chuvas, um vídeo do prefeito municipal de Apucarana, Junior da Femac, solicitava a ajuda dos munícipes para que não jogassem lixo nas ruas, evitando assim entupimentos e alagamentos. Ora, nada estranho, afinal, um verdadeiro gestor zela pela qualidade e o bem estar de toda uma sociedade. Entretanto, a necessidade de se pedir tal colaboração me levou a refletir sobre o fato de como somos egoístas e não pensamos naqueles que nos circundam.
Ao invés de falar do egoísmo, que desperta uma sensação ruim, falarei de seu oposto, por vibrar diferente àquele que a escuta: a solidariedade. Veja que escolhi o termo solidariedade e não caridade, ainda que a ache importante, mas carrega um sentido religioso que buscarei ampliar. A solidariedade é mais sobre se colocar no lugar do outro – um olhar empático -, mas também se dispor a ajudar e solucionar – pelo menos amenizar – o problema. Não se trata de dar uma “ajuda”, seja objetos ou seu tempo, mas entender que a construção de uma sociedade mais justa é responsabilidade de cada um de nós. Por isso, o apelo do prefeito mexeu tanto comigo. A água inundada, atrapalha a vida de todos e cobrar dos órgãos públicos melhorias não é suficiente, pois não haverá tubulações suficientes para a demanda de lixo de uma dada sociedade que não se veja como parte do problema. Um outro ponto é importante para discutirmos aqui... o frio.
Em tempos de muito frio, a necessidade da solidariedade torna-se ainda mais evidente. Quando as temperaturas caem drasticamente e o gelo cobre as ruas, é fundamental que nos lembremos daqueles que estão em situações de vulnerabilidade e que enfrentam o frio sem abrigo, roupas adequadas ou acesso a condições básicas de aquecimento. É nessas horas que a solidariedade se torna uma luz brilhante em meio às trevas do inverno. A solidariedade é um sentimento que nos conecta com a dor e as necessidades dos outros. É o impulso que nos leva a estender a mão e oferecer ajuda àqueles que estão em dificuldades. Em tempos de muito frio, a solidariedade não é apenas uma virtude desejável, mas uma necessidade vital. Pode significar a diferença entre a vida e a morte para muitas pessoas.
Nessas condições adversas, é importante que as comunidades se unam para ajudar aqueles que estão em situação de rua ou em casas precárias que não oferecem proteção adequada contra o frio. Abrigos de emergência devem ser estabelecidos, fornecendo um lugar seguro e aquecido para aqueles que não têm um teto sobre suas cabeças. A doação de roupas de inverno, cobertores e alimentos quentes é essencial para garantir a sobrevivência e o bem-estar daqueles que estão expostos às baixas temperaturas.
Podemos e devemos cobrar dos responsáveis condições para que ninguém morra de frio ou fome, mas assim como o lixo jogado nas ruas, depende também de cada um de nós. Seja você religioso e entenda a importância da caridade ou não, a solidariedade é necessária para que possamos construir um presente digno de um futuro que possamos nos orgulhar e tanto desejamos. Ninguém deveria sentir frio ou passar fome, mas até que possamos viver em uma sociedade igualitária, é necessário que cada um de nós faça sua parte. Doe, mas principalmente, importe-se.