Milhões de pessoas vivem em situação de exclusão social em todo o mundo. Sendo a dignidade social um elemento a ser considerado quando o assunto é saúde humana torna-se vital repensar nossos hábitos de consumo alimentar e como eles podem interferir em nosso bem-estar.
Estudos recentes apontam que as mudanças socioeconômicas aliadas a fatores de estresse laboral e desequilíbrios emocionais contribuem para o aumento da obesidade e doenças gastro intestinais.
No entanto, pode um ambiente desequilibrado e adoecido permitir a existência de indivíduos saudáveis?
O aumento no uso de agrotóxicos, os alimentos ultra processados, o desmatamento e os fenômenos de alteração do meio ambiente atentam para uma sociedade doente em um mundo doente. Nesse contexto como atrelar o consumo a uma vida saudável?
Em era de aplicativos de fast-food a alimentação tornou mais um item de consumo que aponta para uma baixa na qualidade da alimentação uma vez que os alimentos mais nutritivos são os mais caros e demandam um cuidado específico na produção.
O conceito de ecologia moderno prevê que a saúde ambiental deve tornar-se preocupação de saúde pública. Assim ressalta-se que uma alimentação natural, uma vida saudável, o cuidado com o meio ambiente e a natureza influem diretamente no bem-estar de toda a sociedade.
Se a doença é um fenômeno multifatorial nossos hábitos de consumo devem reconhecer que novas perspectivas de qualidade de vida, definitivamente, passam pela busca de alimentos orgânicos, com pouca intervenção industrial, com riqueza e variedade nutricional e procedência confiável. Alimentar-se é um ato social e político que envolve consumo consciente. Só assim poderemos compreender que a nossa saúde requer um cuidado para além dos exames clínicos.