Há exatamente um ano a região registrava o primeiro casode coronavírus na cidade de Faxinal. No dia 25 de março de 2020, Luzia Mariano de 34 anos, testava positivo para a Covid-19. Recém-chegada dos EUA, ela estava na cidade para visitar familiares. Apenas 19 dias após o primeiro caso, no dia 13 de abril de 2020, o primeiro óbito pela doença foi confirmado. Um idoso de 79 anos, morador de Arapongas. Hoje, um ano após o início da pandemia, a região soma 35.136 infectados pela doença e 743 óbitos.
O Chefe da 16ª Regional de Saúde (RS) de Apucarana Altimar Carletto, avalia que após um ano de pandemia, houve avanço em relação ao conhecimento da doença, porém, vivemos atualmente o pior momento dessa crise. “Durante este tempo, tivemos um trabalho de preparação muito extenso em relação as normativas para combate da doença. Apesar disso tudo, o que se aprendeu lá atrás já se transformou muito com a chegada das novas variantes. A evolução e transmissibilidade é muita mais rápida, o doente hoje também mudou, são mais jovens. É uma doença muito dinâmica e a evolução é muito individualizada para cada pessoa. Estamos realmente no pior momento, ainda numa espiral crescente, com números maiores a cada dia de óbitos e contaminação, mesmo com significativo investimento do governo para aumentar o número de leitos nos hospitais”, avaliou Carletto.
Ele explica ainda que no último ano, o coronavírus consumiu boa parte do tempo dos trabalhos na RS, dificultando lidar com outros assuntos, inerentes ao órgão. “A pandemia tem tomado 90% do nosso tempo na regional e dificulta lidar com outros assuntos. É um trabalho árduo feito por todas as equipes, um ano de muito trabalho e angustia, vendo tantas perdas, isso realmente nos afeta. Pena que deveremos viver isso por mais algum tempo, não sabemos quanto, por isso é importante a busca pela vacina e lembrar a população que precisa fazer parte dela nos cuidados”, disse o chefe da RS.