A região encerrou o primeiro quadrimestre do ano com 2,7 mil vagas de empregos com carteira assinada. O saldo - diferença entre 21.085 admissões e 18.382 desligamentos - demonstra um aumento de 49% na abertura de novas vagas de trabalho em comparação com o mesmo período do ano passado.
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Quase metade das vagas da região foram criadas pela indústria. Foram 1.305 postos de trabalho entre janeiro e abril, o equivalente a 48,2% do saldo regional. O segmento de serviços ocupa a segunda posição com 1.017 vagas de empregos, e logo atrás estão a construção civil (167), comércio (166) e agropecuária (48).
Arapongas lidera o ranking regional de empregos da região com 997 postos de trabalho. O saldo do município é composto basicamente pela indústria e pelo setor de serviços. O primeiro criou 600 postos de trabalho no período, enquanto o segundo criou 460 vagas de empregos. Fecharam com saldo negativo o comércio, que perdeu 53 postos de trabalho, e a construção civil que extinguiu 14 vagas.
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Apucarana detém o segundo maior saldo de empregos da região, com 980 colocações no mercado de trabalho. A indústria é a responsável por mais da metade das vagas (492), seguida pelo setor de serviços (230), comércio (173), construção civil (82) e agropecuária (3).
O terceiro maior saldo da região é de Jandaia do Sul, que fechou o quadrimestre com 387 vagas de emprego. Novamente, a indústria contribuiu com o bom desempenho, gerando mais de 88% das vagas de emprego no período (342).
ABRIL
O mês de abril fechou com 454 colocações, um pouco acima do saldo registrado no mesmo período do ano passado, que encerrou com 440 postos de trabalho. O melhor desempenho foi da indústria (350) e do setor de serviços (169). O comércio, por outro lado, perdeu 53 vagas de emprego enquanto a agropecuária extinguiu 27. Apucarana (195), Jandaia do Sul (117) e Arapongas (111), tiveram os maiores saldos de emprego da região.
Para o economista Rogério Ribeiro, professor da Universidade Estadual do Paraná (Unespar), campus de Apucarana, o ambiente econômico tem se mostrado favorável para a retomada do crescimento e, consequentemente, para a geração de empregos, desde o ano de 2023. “Com a redução na taxa de juro básica da economia, surgem novas oportunidades de investimentos no setor produtivo, o que gera empregos com carteira assinada. Um maior contingente de trabalhadores com carteira assinada leva a um crescimento na massa salarial e na renda disponível que tem a maior parte voltada para o consumo das famílias. Estes eventos retroalimentam o setor produtivo com a consequente geração de mais empregos. Mesmo que em intensidades pequenas estes movimentos estão ocorrendo e beneficiam o conjunto da economia”, analisa.
O economista aponta que, com a expectativa de um crescimento econômico em torno de 2% ao ano para os próximos 4 anos, há também a expectativa de um aumento na geração de empregos de forma geral. No caso regional, com setores industriais que produzem bens que se destacam no consumo das famílias, é de se esperar que o nível de atividade nas indústrias da região aumente, impulsionando os empregos na indústria. “Essa dinâmica na geração de empregos na região já retornou aos indicadores que tínhamos no período pré-pandemia”, conclui o economista.
Por Cindy Santos.