O Policial Militar (PM) Gabriel Tedeschi, 26 anos, deu um grande exemplo de comunicação inclusiva ao conversar em Libras com um deficiente auditivo durante uma ocorrência em Faxinal, no norte do Paraná. O conhecimento dele acerca da Língua Brasileira de Sinais chamou a atenção pois demonstra a importância do preparo de profissionais para proporcionar mais acessibilidade e inclusão social à população que necessita. Assista o vídeo no fim do texto:
Natural de Londrina, Tedeschi nasceu inserido no contexto de Libras, pois sua irmã mais velha, Vanessa, de 34 anos, é deficiente auditiva, o que criou um forte vínculo entre sua família e a comunidade surda. “Desde quando nasci fui inserido e abraçado pela comunidade surda”, afirma.
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A situação em Faxinal foi a primeira ocorrência atendida por ele envolvendo um deficiente auditivo. “Espero ter a oportunidade de participar de outras e oferecer essa acessibilidade a quem necessita”, afirma.
Apesar de a Língua Brasileira de Sinais ser reconhecida por lei 2002, ela ainda não está presente em todos os ambientes e a maior parte da população não sabe se comunicar usando o idioma. “Por diversas vezes minha irmã precisou da minha presença em locais onde ia resolver coisas do dia a dia e tinha dificuldade de se comunicar”, exemplifica.
Por ser a 2ª língua oficial do país, o policial acredita que Libras deveria ser disciplina obrigatória no currículo escolar em todo o país. Na região, alguns municípios já ofertam o ensino de Libras na rede municipal como Apucarana e Arapongas. A Polícia Militar do Paraná também incorporou o ensino de libras no Curso de Formação de Praças, o que possibilita conhecimento básico para atendimento das ocorrências. Na opinião de Tedeschi, a população em geral, independente de profissão, devem aprender a se comunicar em Libras para que o idioma esteja em todos os lugares.
“Com toda certeza, nossa instituição tem total conhecimento de que Libras é muito importante em nossa profissão, pois atendemos a população em geral. Foi um curso básico onde nos orientou como nos comunicar em uma abordagem. Aconselho a todos a buscarem um curso de fluência na língua, pois quanto mais preparados estivermos, mais bem vistos pela população seremos como profissionais que somos”, destaca.
Assista o vídeo: