O desfile de 7 de setembro, na manhã desta quarta-feira (07), terá uma nova atração em Jandaia do Sul, a Fanfarra do Colégio Estadual Cívico Militar da cidade, que estava desativada há 30 anos e voltou aos ensaios há pouco mais de 30 dias. A fanfarra, com 68 membros, é uma mescla de veteranos da própria comunidade escolar e de alunos. Entre os veteranos, parentes dos próprios alunos, como mães, pais e tios, cujo papel principal, neste momento de retomada do projeto, é o de dar corpo para a fanfarra e ensinar os alunos iniciantes.
O diretor geral da escola, professor Vladimir Matioli explica que a fanfarra é resultado de um projeto elaborado pela escola e enviado para o governo do Estado. Segundo ele, a Secretaria de Educação aprovou o projeto e os recursos foram liberados via Fundepar, no total de R$ 41.900, para a compra dos instrumentos e acessórios. A fanfarra ainda não tem uniformes. Neste primeiro momento, os componentes estarão usando camisetas, adquiridas com ajuda da Prefeitura Municipal de Jandaia do Sul.
“Esta é uma fanfarra do colégio, mas que vai representar toda nossa comunidade. Sempre que tiver algum evento na cidade e formos convidados, certamente estaremos lá”
- Vladimir Matioli, professor
Vladimir explica que o clima de parceria no projeto da fanfarra envolve a comunidade, desde a participação inicial de pessoas de fora da escola. “Os alunos vão assumir a fanfarra assim que estiverem mais acostumados, mais avançados nas práticas”, explica. Segundo ele, a fanfarra também está aberta a alunos de outras escolas. “Quem quiser participar é só chegar e pedir que vamos dar um jeito”.
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O regente é Paulo Márcio Salvador, que é instrutor de fanfarras há vários anos. Paulo explica que a fanfarra está ensaiando três vezes por semana desde a retomada do projeto, em 28 de julho. Embora esteja com pouco mais de 30 dias de retomada, ele garante que o grupo evoluiu muito. “Eles vão fazer bonito no desfile”, avisa. Para garantir um início bem consolidado, Paulo trouxe alguns veteranos de um antigo projeto que ele manteve por muitos anos, com a fanfarra da Fafijan.
“Trabalhamos lá por 20 anos e trouxemos alguns membros para fortalecer esse novo projeto”
- regente, Paulo Márcio Salvador
Autodidata e entusiasmado pelas fanfarras, Paulo trabalha numa empresa de metalurgia durante o dia e reserva as noites para os ensaios, às terças e quintas, das 18h30 às 20h e aos sábados, à tarde. “Está bonito de ver. Temos mães com filhos e pais com filhos tocando na fanfarra. Tenho até tios de alunos tocando na fanfarra. É um projeto de comunidade”, afirma.