Investigação contra bombeiros considerados 'heróis' gera polêmica

Autor: Da Redação,
quinta-feira, 19/11/2020
Investigação contra bombeiros considerados 'heróis' gera polêmica

Uma a situação de Inquérito Policial Militar (IPM) envolvendo 3 bombeiros de Ivaiporã, no Vale do Ivaí, tornou-se polêmica depois de virar pauta de uma reportagem exibida pela TV Bandeirantes nesta semana.

Os bombeiros em questão colaboraram para impedir uma fuga em massa da cadeia de Ivaiporã em 21 de fevereiro deste ano. Presos cavaram um túnel, com saída próximo ao quartel do Corpo de Bombeiros, que fica anexo à Delegacia. Os militares ouviram barulho próximo ao muro do presídio e acionaram a polícia. Pouco tempo depois, flagraram alguns detentos fugindo. Neste momento, um dos bombeiros efetuou disparo de arma de fogo como advertência, fazendo com que os detentos retornassem e fossem contidos. Na época, foi feito um pedido de reconhecimento destes profissionais por ‘ato de bravura’.

Conforme a reportagem exibida pela TV Bandeirantes, a abertura de IPM que investiga as circunstâncias da participação destes bombeiros, teria deixado a classe indignada.

Já o comandante do Subgrupamento do Corpo de Bombeiros de Ivaiporã Capitão Vitor Aparecido Matias trata o caso com tranquilidade e afirma que a instauração de IPM faz parte do trabalho administrativo dos bombeiros e é praxe na situação porque houve uso de arma de fogo. “Um dos militares realizou um disparo de arma de fogo para cima, e tal conduta está no estatuto do desarmamento. Não temos nenhuma investigação em relação a fuga, apenas sobre o disparo e fatos posteriores. Existe uma doutrina de emprego de arma de fogo em nossa corporação e usamos o uso progressivo e diferenciado da força, ou seja, usar arma é bastante complexo e com muitas regras. Tenho a obrigação como autoridade de Polícia Judiciária Militar apurar e esse procedimento é apenas isso, uma investigação para elucidar os fatos. O titular da ação penal é quem vai abrir ou não o procedimento penal via denúncia ao juiz. Como falou o especialista em direito penal militar, na própria reportagem exibida pela TV, a investigação é normal e faz parte do rito, pois ocorreu um disparo de arma de fogo”, explicou o comandante.