Oito cafeicultores inscritos na 3ª edição do concurso municipal do Café Qualidade Ivaiporã participaram na quinta-feira (20) e sexta-feira (21) da etapa de beneficiamento e classificação física dos cafés, na sede da Associação da Agricultura Familiar, no distrito de Jacutinga.
As amostras serão enviadas para o Centro de Qualidade do Café do Iapar, em Londrina, que fará o julgamento dia 31 outubro. Os cafés recebem notas nos quesitos aroma, doçura, acidez, corpo, sabor, gosto remanescente e balanço da bebida.
Cleversom da Silva Souza, engenheiro agrônomo do Instituto de Desenvolvimento Rural - Iapar/Emater (IDR-PR) explica que para participar do concurso municipal de cafés especiais, os produtores separaram amostras do café em coco, do lote armazenado nas propriedades.
Na presença da comissão que organiza o concurso, cada cafeicultor beneficiou e classificou o próprio café. Por causa da pandemia, a etapa de classificação física foi dividida em dois grupos de quatro competidores, que participaram em dias diferentes.
O agrônomo tem boa expectativa com os cafés que participam do concurso de Ivaiporã. Segundo Souza, apesar da geada de 2019, os competidores conseguiram fazer um bom manejo de solo, da parte física, química e biológica e a planta não sentiu tanto. Com isso, o grão deve oferecer uma bebida de boa qualidade. “Pelo que estamos vendo na classificação física estão ótimos Ainda não foi feita a prova de bebida, mas acreditamos que teremos excelentes cafés”.
Normalmente, os cafés especiais que obtém notas superiores a 80 pontos são vendidos por um valor, em média, 50% maior que o preço da commodity e podem alcançar valores ainda maiores quando finalistas de concursos de qualidade. “Por causa do clima mais frio aqui da região o grão demora mais tempo para ficar maduro. Nesse tempo maior, o grão carrega mais açucares, mais nutrientes e fica com melhor qualidade”.