A Polícia Militar (PM) de Marilândia do Sul deu apoio ao Conselho Tutelar da cidade em uma complexa ocorrência envolvendo três mulheres, uma criança e um homem de 29 anos que mantinha as mulheres sob cárcere privado, ameaçadas e agredidas por choque elétrico.
Segundo relato dos conselheiros, as três vítimas estiveram juntas em um Centro de Referência e Assistência Social (CRAS) para reclamar a guarda do filho de uma delas, de 3 anos que está sob responsabilidade da avó já há 4 meses na mesma cidade.
No entanto, as mulheres contavam histórias desconexas sobre o onde moravam e sobre o nome do homem que seria marido de uma delas e que as levou até o local. Com as dúvidas a respeito da situação, o conselheiro chamou até os pais de uma das mulheres que está com a criança para entender melhor a história.
Eles relataram que sequer sabiam que a mãe de seu neto estava viva porque, segundo eles, não tinham notícias dela há algum tempo. Eles afirmaram ainda e que o companheiro da filha a mantinha em cárcere privado e que inclusive já tinham feito um boletim de ocorrência disso na cidade de São João do Ivaí um dia antes.
Durante a conversa com os conselheiros, as três mulheres afirmaram que eram vítimas das agressões. Elas relataram que eram obrigadas a vender doces e pedir esmolas e repassar o que ganhavam ao homem, que estaria se passando por uma das vítimas aplicativos de mensagens. Segundo as mulheres, ele teria inclusiva um aparelho de choque para manter às mulheres em casa.
Segundo a PM, o suspeito tentou interferir na conversa delas com as assistentes, mas foi colocado em uma sala à parte porque fez ameaças de morte às vítimas. Ele foi preso e encaminhado à Delegacia de Polícia de Marilândia do Sul, enquanto as mulheres foram orientadas pela Assistência Social e o Conselho Tutelar.