Munidos de faixas e balões, dezenas de manifestantes e familiares das vítimas do acidente que resultou na morte de duas alunas e a cozinheira da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Jandaia do Sul fizeram, na noite desta segunda-feira (13), um protesto para pedir justiça e reforço das medidas de segurança no transporte. O grupo se reuniu na Praça do Café e seguiu para Câmara Municipal, onde lotaram as galerias. Na última quinta-feira (9), um micro-ônibus que transportava alunos e alguns funcionários da associação foi atingido em uma passagem de nível na região da Vila Rica.
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Um dos manifestantes presentes é Adriano Pimenta, pai de Kimberly Caroline Ribeiro Pimenta, de 15 anos, e tio de Maria Vitória Gomes Ferreira, de 11 anos. As duas meninas, que eram primas, morreram no local do acidente.
"Nós só queremos que tomem providências que já deveriam ter sido tomadas há mais tempo para ninguém mais passe pelo que nós passamos, pelo que eu passei, pelo que meu irmão está passando com duas crianças feridas", comenta. No dia do acidente, Adriano encontrou o corpo da filha. Outros dois sobrinhos de Adriano, irmãos de Maria Vitória, também estavam no ônibus, foram hospitalizados, mas já receberam alta.
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Para Adriano, o acidente mostra que é preciso adotar mais medidas de segurança envolvendo o transporte escolar. "Tenho mais filho para colocar no ônibus e não é fácil. É preciso fiscalizar melhor os motoristas, pelo que sabemos houve reclamação desse motorista. Eu acho que quem dirige ônibus com crianças tem que ser muito bem preparado", comenta.
A terceira vítima do acidente é a cozinheira Isabel Aparecida Gimenes Figueiredo, 55 anos, que faleceu na noite de sexta-feira, no Hospital da Providência, em Apucarana. Ela foi velada no último sábado, após a família autorizar doação de órgãos. Segundo o último balanço divulgado pela Secretaria de Saúde de Jandaia do Sul, ainda há nove ocupantes do ônibus internados, 8 em estado grave.
No dia do acidente o veículo levava 29 pessoas. O motorista já foi ouvido pela Polícia Civil e afirma que não viu nem ouviu a aproximação da composição férrea. Além de responder a inquérito por homicídio culposo, ele será investigado em sindicância aberta pela Prefeitura de Jandaia do Sul.
Confira a entrevista com Adriano, pai de uma das vítimas: