Pantanal: Piranhas conseguem realmente devorar um ser humano?

Autor: Da Redação,
terça-feira, 14/06/2022
Levi (Leandro Lima), foi devorado por piranhas na novela

Não é só de sucuris gigantes, onças e marruás que é formada a fauna de "Pantanal". Entre os destinos trágicos que ficam no caminho de alguns dos personagens, um deles parece ser particularmente cruel: o personagem Lúcio (Erom Cordeiro) foi comido por piranhas, e Levi (Leandro Lima) seguiu o mesmo destino.

Mas será que isso realmente acontece na vida real?

Há, sim, casos de corpos humanos que ressurgem de formações aquáticas mutilados por piranhas, mas ataques mortais feitos contra pessoas saudáveis são extremamente raros.

Isso porque as piranhas são mais "carniceiras" do que caçadoras. Ou seja, em condições normais, os ataques costumam ser feitos a carnes que já estão mortas, e não a indivíduos saudáveis. Além disso, os humanos não são parte habitual do cardápio das piranhas. Elas preferem se alimentar de outros peixes, mas também não dispensam aves feridas, jovens sucuris e carcaças de variados animais.

Para provar o ponto, os pesquisadores Herbert Axelrod e Jeremy Wade montaram um experimento para o canal "River Monsters", no YouTube. Wade entrou em uma piscina cheia de piranhas-vermelhas, usando apenas roupas de banho. Ele levou um pedaço de carne pendurado em um anzol.

Durante o experimento, as piranhas atacaram o pedaço de carne, mas nenhuma delas ameaçou Jeremy. Ou seja, os humanos não são necessariamente presas ou fonte de perigo para os animais só por estarem no mesmo ambiente. Veja:    

No entanto, isso não significa que é completamente seguro nadar com piranhas.

As piranhas localizam suas vítimas pelo cheiro do sangue, ou quando sentem vibrações incomuns no ambiente. Se elas estiverem com fome ou conseguirem identificar cheiro de sangue ou ameaça, podem atacar, consumindo sobretudo músculos e vísceras.

Biólogos estimam que seria necessário um cardume com centenas de peixes para conseguir devorar um ser humano adulto. No entanto, a grande maioria das espécies circula em conjunto de pouco mais de 20 indivíduos.

Com informações, Laysa Zanetti, De Splash, UOL