O Brasil já o sétimo país no ranking que mede o número de mulheres empreendedoras no mundo, de acordo com o Sebrae e Pesquisa Global Entrepreneurship Monitor 2020. Segundo os números, dos 52 milhões de empreendedores do país, 30 milhões já são mulheres, o que representa 48% do total.
Por trás dos números existem histórias reais e iniciativas que abrem caminhos e alavancam negócios para mulheres que aceitaram, pelos mais diversos motivos, o desafio de empreender. Uma dessas histórias é das advogadas Fernanda Figueredo, Mariana Bogus e Clarissa Santiago, sócias na BFS Advocacia, e que estão à frente de grupos de BNI – Business Network Internacional – lançados no norte do Paraná desde 2019, totalizando hoje nove grupos, sendo outros cinco em processo de lançamento em Londrina, Ibiporã, Santo Antônio da Platina e Cornélio Procópio.
A chegada do BNI no norte do Paraná vem alavancando o surgimento e a expansão de centenas de outros negócios, sobretudo os liderados por mulheres que se inspiram umas nas outras para alcançarem o sucesso profissional que desejam. “Mulheres não estão em busca de ter mais direitos do que homens, de tomar suas posições. Nós queremos um lugar à mesa em pé de igualdade. E no BNI nós somos iguais. Não há diferença entre os empresários”, destaca Fernanda Figueredo, diretora executiva do BNI no norte do Paraná.
Os grupos de networking profissional em Londrina e região se tornam uma verdadeira rede de apoio para quem precisa de conexões, perspectivas e de ajuda em momentos desafiadores. A Patrícia Daniel é Relações Públicas e networker integrante do BNI Terra Vermelha, uma das equipes londrinenses. Desde que entrou para o grupo, aumentou suas vendas e clientes, mas para ela os ganhos são muito maiores e não se resumem em números.
“A gente consegue aprender com o negócio do outro, assim como as histórias de vida e isso sempre acrescenta”, pontua. Para a empreendedora, outro diferencial do grupo de networking profissional é a diminuição das barreiras no mundo dos negócios. “No BNI você não precisa pedir por favor para as pessoas prestarem atenção em você, as pessoas já estão dispostas a ouvir”, afirma.
Negócios e conexões
Daniele Cordeiro é empresária desde 2017 à frente da Nova Supri Gráfica Rápida, e conheceu o BNI em 2019. Assumiu a representação da empresa nas reuniões online durante a pandemia e se apaixonou pela metodologia e pelo envolvimento com pessoas e histórias diferentes. Desde o final de 2020, Daniele Cordeiro é diretora consultora do BNI em Cambé. Em 6 meses de formação, o novo grupo foi lançado com 37 membros e com o total de 2,5 milhões de reais em negócios já fechados.
“O melhor de tudo é ver empresárias evoluindo, fazendo suas empresas crescerem e se desenvolvendo dia após dia. Algumas eram muito tímidas, outras ficavam nos bastidores de suas empresas, outras não se viam fazendo networking ou nem sabiam o que era essa ferramenta. Hoje temos mulheres que mudaram sua forma de atuar como donas de seus negócios”, explica a diretora consultora do BNI em Cambé.
Visibilidade e crescimento
Lançado em dezembro de 2021, o BNI Legado em Arapongas e Apucarana em pouco tempo tem impulsionado negócios e gerado visibilidade para empresárias como a Savânia Belezoti. Contadora há 15 anos, com especialização em gestão financeira, Savânia descobriu seu propósito em um evento de empreendedorismo contábil e fundou a empresa To Easy.
A entrada no BNI foi um convite e incentivo do sócio Vitor Broeitti. Com apenas 3 meses de lançamento, a empresa já colhe os frutos do networking profissional. “Além de toda visibilidade em nível internacional, tivemos novos clientes e a oportunidade de expansão do nosso negócio. A instituição nos permite ter acesso aos melhores profissionais, ampliar exponencialmente nossa rede de contatos, trocar ideias, dores e desafios, nos fortalece como empresárias e nos ajuda a crescer não apenas profissionalmente, mas pessoalmente também”, declarou.
Atualmente, 40% dos membros do BNI Norte do Paraná, que representa cerca de 400 empresários, são mulheres.