Polícia encontra seis carros adulterados na chácara do pai de Eduarda 

Autor: Da Redação,
segunda-feira, 29/04/2019
Polícia encontra seis carros adulterados na chácara do pai de Eduarda 

Seis carros que estavam com indícios de adulteração foram
apreendidos por policiais civis e militares durante buscas numa chácara da família da menina Eduarda Shigematsu de Rolândia.

A polícia esteve na chácara, na casa da família e realizou buscas em um ferro velho, localizado na BR-369, que é do pai de Eduarda.

Um exame do Instituto Médico-Legal (IML) apontou que a criança, que tinha 11 anos, morreu por esganadura, o laudo apontou que a garota teve vários ossos do pescoço quebrados.  

Ainda de acordo com as informações, o carro usado para levar o corpo de Eduarda teria sido furtado em Londrina. A situação está em andamento, em breve mais detalhes. 

O pai da menina de 11 anos encontrada morta no domingo (29), em Rolândia, confessou ter ocultado o corpo da filha. De acordo com a Polícia Civil, Ricardo Seidi disse ter encontrado Eduarda Shigematsu enforcada em seu quarto, e por desespero, decidiu enterrar o corpo no quintal de uma propriedade da família. Ainda conforme a polícia, a avó, que tinha a guarda de Eduarda, já sabia sobre a morte da neta quando registrou o boletim de ocorrência sobre o desaparecimento. Exame de necropsia do Instituto Médico-Legal (IML) de Londrina, divulgado pela polícia nesta segunda-feira (29), aponta que a menina morreu por esganadura, e não enforcamento, como disse o pai de Eduarda, em depoimento. 

Durante coletiva de imprensa o delegado Ricardo Jorge Rocha Pereira Filho, chefe da 22ª Subdivisão Policial (SDP) de Arapongas, a qual pertence a delegacia de Rolândia, disse que Seidi demonstrava muita frieza ao falar sobre o sumiço da filha, ocorrido na última quarta-feira (24). 

"Ricardo estava bastante frio durante o depoimento, sempre falando que a filha queria fugir e que dava muito trabalho. Já a avó estava bastante nervosa, falando que a menina havia levado objetos da casa com ela", comenta. 

O delegado explica que os pais de Eduarda estão divorciados e a mãe mora em São Paulo. A guarda da menina estava com a avó paterna que morava no mesmo imóvel que o filho. 

Segundo o delegado, a mãe de Eduarda veio para Rolândia após receber a notícia do desaparecimento. Durante a investigação, vizinhos de uma casa desocupada na Rua Manoel Carrera Benardino, centro da cidade, avisaram a polícia sobre barulhos estranhos. A polícia descobriu que Seidi é o dono do imóvel e foi vistoriar o local. Os policiais notaram que, aos fundos da casa, uma parte do concreto estava quebrado e a terra havia sido remexida recentemente e decidiu escavar. 

"Encontramos o corpo e o pai da criança era o único que tinha acesso ao local. No interrogatório formal, ele confessou a ocultação do cadáver, mas não confessou o homicídio", conta o delegado. 

O delegado afirma que o boletim de desaparecimento foi registrado pela mãe de Seidi e que ela já sabia sobre a morte da neta. "Temos informações de que a avó sabia que a neta estava morta e não comunicou a polícia sobre o fato. Mãe e filho prejudicaram a polícia que passou todo esse tempo com esperança de localizar Eduarda com vida", disse o delegado.

Durante as buscas, Seidi chegou a publicar um pedido para que as pessoas ajudassem com informações sobre a filha, em sua página no Facebook. 

O corpo de Eduarda foi encontrado com os pés e mãos amarrados e com um saco na cabeça. Conforme o delegado, o exame preliminar do IML indica que trata-se de um homicídio qualificado, porque a menina foi vítima de esganadura e não de enforcamento.

A polícia disse que mais testemunhas serão ouvidas, no intuito de colher mais provas.