O governador do Estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou nesta quarta-feira, 13, que a parceria firmada com o governo federal para a construção do túnel Santos-Guarujá marca diferença entre o trabalho técnico e o político. "Governos que não têm o mesmo posicionamento ideológico vão trabalhar juntos. Disputas ficarão para as eleições", disse durante evento de abertura da consulta pública de estruturação do leilão para o início das obras, realizado em Brasília.
"Estamos falando de história. Essa ligação seca é pensada há 100 anos e o momento chegou. O alinhamento de astros está acontecendo agora", afirmou Tarcísio. Ao elencar desafios, o governador disse que já vê superados os obstáculos técnicos e financeiros.
"A tecnologia já é dominada. Temos túneis em outros países. Existem empresas capazes? Existem, tanto nacionais como estrangeiras. Não há obstáculo intransponível do ponto de vista de engenharia", disse.
Incluído no Novo PAC, o túnel será a maior obra do programa, sendo viabilizada por parceria público-privada (PPP). O investimento previsto é de R$ 5,96 bilhões, com aporte de R$ 2,7 bilhões pelo governo federal e igual valor pelo governo paulista. O valor restante será obtido com a participação da iniciativa privada, por meio de PPP.
Com aproximadamente 860 metros de extensão, o empreendimento atenderá carros de passeios, caminhões e motociclistas. Além disso, está prevista a construção de VLT (Veículo Leves sobre Trilhos) passando pelo túnel. A inauguração está prevista para 2028.
A estimativa é de que a ligação do túnel submerso beneficie quase 2 milhões de moradores da Baixada Santista, além de mais de 4 milhões de turistas que anualmente visitam o litoral norte paulista.
O governador afirmou ainda que já realizou reuniões com empresas interessadas no leilão e que a previsão é de competição. "Teremos players", disse. Além do valor complementar para a obra, a empresa vencedora do leilão ficará encarregada de realizar a manutenção da estrutura.