O presidente Luiz Inácio Lula da Silva usou o pronunciamento em rede nacional para pregar união e também para promover seu governo. O gancho da fala foi a comemoração do Dia da Independência, que será nesta quinta-feira, 7.
Lula abriu o pronunciamento dizendo que o Brasil não cresce tanto desde 2010, e que isso se traduz em melhores salários. Segundo ele, comércio e indústria estão "contratando mais e mais trabalhadores".
O petista busca aumentar sua popularidade com o momento econômico acima das expectativas do mercado. Ele mencionou o projeto de igualdade salarial entre homens e mulheres, que já foi sancionado, baixa na inflação e negociação de dívidas - sem citar nominalmente o Desenrola, projeto do governo para área.
Lula também fez um aceno ao Legislativo ao mencionar o arcabouço fiscal. Segundo ele, a construção da nova regra teve ajuda do Congresso e possibilitará ao País "crescer com responsabilidade".
O presidente fez um contraponto a seu antecessor, Jair Bolsonaro, sem citá-lo. Disse que o feriado de 7 de Setembro "não será de ódio nem de medo", mas de união. As comemorações do Dia da Independência foram usadas por Bolsonaro para aumentar a tensão política em diversos momentos de seu governo. Segundo o atual presidente da República, "o entendimento voltou a ser a palavra de ordem".
Além disso, o petista fez uma defesa das "empresas estratégicas" para o País. Disse que soberania vai além de proteger fronteiras e inclui essas organizações, além de bancos públicos, agricultura, indústria e recursos minerais.
O presidente da República afirmou que povo soberano é povo sem fome, e que a democracia é fundamental para que todos possam realizar esses sonhos.