O senador e presidente do Progressistas, Ciro Nogueira, continuou atacando o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, nas redes sociais, dias depois de o deputado federal André Fufuca (PP-MA) assumir o Ministério dos Esportes. Ex-ministro da Casa Civil no governo de Jair Bolsonaro, Ciro foi às redes sociais neste domingo, 17, e, citando dados de uma pesquisa do Datafolha publicada na sexta-feira, 15, disse que o presidente vive num "Brasil imaginário" "O medo venceu a esperança (55% a 44%). A tristeza está vencendo a felicidade (61% a 36%)!!! E a INSEGURANÇA está sufocando a segurança (71% a 29%)!!!!! (DataFolha). Lula 3 vive num Brasil imaginário, num mundo imaginário e o Brasil real grita: SOCORRO!!!", escreveu Nogueira. O senador também disse, em publicação feita no sábado, que "Lula 3 não funciona, Lula 3 é bom de gogó, mas é ruim de serviço". Antes disso, na quinta-feira, 14, um dia depois de Fufuca assumir como ministro dos Esportes, Ciro Nogueira comparou Lula a um jogador de futebol em fim de carreira para ilustrar o que considera ser uma queda de qualidade do presidente no mandato atual em relação aos dois anteriores do petista.
Disputa de poderO tom bélico do senador contrasta com a retórica mais amigável ao governo de outro expoente do Progressistas, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Em entrevista ao jornal
Folha de S.Paulo, Lira afirmou que, após ganharem ministérios, tanto o Progressistas quanto o Republicanos darão apoio ao governo na Câmara. Ao falar por seu partido, o PP, Lira disse que a sigla agora faz parte da base, à revelia de Ciro Nogueira, que chegou a prometer punição aos congressistas do partido que embarcassem no governo Lula. "Estamos tratando de base de apoio. Não estamos tratando de outros tipos de projetos
políticos, por enquanto. Não quer dizer que
issonão possa avançar, mas por enquanto nós estamos falando de apoio político no Congresso", afirmou Lira. O presidente da Câmara fez questão de dizer que fazer parte da base não garante que todos os filiados irão votar sempre com o Executivo. "Não
é possível, porque nenhum partido dá todos os votos. Mas acredito em uma base tranquila", afirmou. Com a nova configuração, Lira calcula que agora o governo tem entre 340 e 350 votos, que é suficiente para aprovação de Propostas de Emenda à Constituição (PEC).