Uma bola autografada pelo jogador Neymar, que havia sido furtada durante os ataques na Praça dos Três Poderes, no dia 8 de janeiro, foi recuperada no fim de semana, em Sorocaba, interior de São Paulo. A bola estava em poder de um homem que participou da invasão do Congresso Nacional. Ele foi ouvido pela Polícia Federal e liberado.
Segundo a PF, a bola foi devolvida pelo empresário Nelson Ribeiro Fonseca Junior, de 31 anos, a policiais militares que faziam patrulhamento na Vila Jardini, bairro em que ele mora, na noite de sábado, 28.
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Ele afirmou que achou o objeto no chão, no dia dos atos, e pretendia entregá-lo aos policiais de Brasília, mas não o fez por causa do confronto entre a polícia e os radicais. A PF disse que o empresário vai responder a inquérito por furto. Procurado, ele não se manifestou até a publicação deste texto.
Perícia
A bola autografada passará por perícia. Em seguida, será enviada para Brasília, onde a Polícia Federal investiga a invasão das sedes do Congresso, do Supremo Tribunal Federal e do Palácio do Planalto por extremistas. O objeto deve ser devolvido à Câmara.
O objeto foi um presente da delegação do Santos Futebol Clube para o então deputado Marco Maia, que presidia a Câmara, em 10 de abril de 2012, durante sessão solene em comemoração ao centenário do clube. A bola passou então a compor o acervo exposto no Salão Verde da Casa.
Durante a invasão dos bolsonaristas, dos 46 objetos expostos, 12 foram danificados, três foram destruídos e dois furtados - a bola de futebol agora recuperada e uma pérola do Catar, presente do ministro de Relações Exteriores daquele país, ainda não encontrada.
Denúncia
Nesta segunda, 30, a Procuradoria-Geral da República denunciou mais 225 presos no acampamento montado em frente ao Quartel-General do Exército em Brasília por ligação com os atos golpistas. O número de acusados formalmente agora chega a 479. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.