Bolsonaro e Marina comentam decisão de Huck de não concorrer em 2018

Autor: Da Redação,
segunda-feira, 27/11/2017

JOELMIR TAVARES, THAIZA PAULUZE E RENAN MARRA

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Pré-candidato a presidente, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) disse nesta segunda-feira (27), que o apresentador Luciano Huck, que desistiu de concorrer ao cargo no próximo ano, "é jovem e tem muita estrada pela frente ainda".

Huck anunciou em artigo na Folha de S.Paulo nesta segunda-feira (27) que não será candidato a presidente em 2018.

"A hora é de trabalhar por soluções coletivas inteligentes e inovadoras para o país, e não de focar o próprio umbigo ou de alimentar polêmicas pueris e gritas sem sentido", disse o apresentador.

Huck disse que vai atuar cada vez mais, sempre de acordo com suas crenças, "mas não como candidato a presidente".

"Eu não tô preocupado", respondeu Bolsonaro, ao ser questionado se seria melhor para ele que o comunicador não concorresse.

O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), que recuou da ideia de tentar a Presidência, mas ainda é apontado como provável candidato, disse "respeitar" a decisão de Huck.

A um repórter que perguntou a Doria se ele não irá se candidatar, o prefeito de São Paulo respondeu: "Quem falou?"

Doria e Bolsonaro participam de evento promovido pela revista "Veja", em São Paulo.

No mesmo seminário, o governador Geraldo Alckmin, hoje apontado como pré-candidato do PSDB ao Planalto, disse que o fato de Luciano Huck não se candidatar "não quer dizer que ele não irá participar".

O apresentador tem dito que quer militar junto a movimentos cívicos que buscam a renovação política, especialmente no Legislativo, como os grupos Agora! e RenovaBR.

"Sempre estimulo novas candidaturas, e estimulo novas pessoas a participar da vida pública. A pior política é a da omissão", afirmou o tucano.

Também presidenciável, Marina Silva (Rede) disse na saída de sua palestra que faz parte da democracia haver a apresentação de candidaturas e os palpites sobre possíveis nomes.

"As pessoas farão suas escolhas na forma como acham que podem ajudar a melhorar o Brasil e a sair dessa crise e da velha polarização. Irão participar da maneira que acharem melhor", afirmou a ex-senadora.