Lula é cercado por militantes na chegada à Justiça em Curitiba

Autor: Da Redação,
quarta-feira, 13/09/2017
Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi cercado por centenas de militantes petistas e do MST. Foto: Marlene Bergamo/Folhapress

Ao gritos de "Lula presidente", o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi cercado por centenas de militantes petistas e do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) na chegada à Justiça Federal, pouco antes das 14h desta quarta (13).

Ele desceu do carro e caminhou por alguns metros, cercado pelos manifestantes e por líderes petistas, como a senadora e presidente do PT, Gleisi Hoffmann, os senadores Humberto Costa e Lindbergh Farias, o ex-ministro Alexandre Padilha, o presidente da CUT Vagner Freitas, entre outros.

Os militantes faziam um cordão de isolamento em torno do petista e gritavam "Fora, Temer" e "Lula guerreiro do povo brasileiro".

Enquanto isso, moradores dos prédios ao redor também foram às janelas para observar o movimento. Alguns gritaram "bêbado", "vagabundo" e "ladrão".

Mais cedo, uma mulher gritou "corruptos" e "Vai trabalhar, vagabundo", enquanto mostrava o dedo do meio e fazia sinais imitando as grades da prisão.

Foi retrucada aos gritos de "coxinha". A senadora Gleisi, a quem ela gritou "vai pra cadeia", sorriu e fez um sinal de negativo.

DEPOIMENTO
Lula presta depoimento a partir das 14h ao juiz Sergio Moro. O petista é acusado de se beneficiar de vantagens indevidas pagas pela empreiteira Odebrecht.

Na recepção a Lula, uma batucada da juventude do MST entoava gritos de guerra, como "Fora, Temer" e "Bate panela, pode bater, quem tira o povo da miséria é o PT".

Nos prédios ao redor, eventualmente um ou outro morador gritava "Viva o Moro, herói nacional", ou batia panelas. Da janela, uma mulher exibia uma bandeira do Brasil e um boneco inflável do "pixuleko", que representa a imagem de Lula como presidiário.

MANIFESTAÇÕES
A Polícia Militar isolou uma área bem menor nesta quarta (13) que no primeiro depoimento de Lula, em maio. Pedestres e moradores eram autorizados a entrar no entorno, e parte das lojas funcionava normalmente.

Os manifestantes contrários a Lula preparam ato em frente ao museu Oscar Niemeyer, a cerca de dois quilômetros.

Em frente à sede da Justiça, havia apenas duas mulheres com bandeiras do Brasil e uma faixa com a frase "Não vamos desistir do Brasil".

Segundo o secretário da Segurança, Wagner Mesquita, não foram registrados confrontos ou tensões entre manifestantes pela manhã.