Ministros de Dilma se reúnem com Lula em São Paulo

Autor: Da Redação,
sexta-feira, 07/08/2015

MARINA DIAS E NATUZA NERY
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Um dia após reunião de emergência com Dilma Rousseff no Palácio do Alvorada, dois dos mais próximos ministros da presidente se reuniram nesta sexta-feira (7) com o ex-presidente Lula em São Paulo para discutir saídas para a crise que acomete o país.
Aloizio Mercadante (Casa Civil) e Edinho Silva (Comunicação Social) fizeram uma reunião no Instituto Lula e falaram sobre as possíveis soluções para o caos político.
Além deles, estavam presentes no ato em solidariedade ao instituto o ministro Jaques Wagner (Defesa), o presidente do PT, Rui Falcão, e outras lideranças, como também militantes do MTST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), da CUT (Central Única dos Trabalhadores), e dos partidos PT, PDT e PCdoB.
Defendido por petistas para ocupar o lugar de Mercadante na Casa Civil, Jaques Wagner não participou da reunião com o ex-presidente e os colegas de Esplanada.
Nesta quinta (6), três ministros ouvidos pela reportagem defenderam que a petista faça uma declaração pública reconhecendo erros cometidos durante sua gestão. O pedido da presidente foi feito durante reunião de emergência convocada por ela com ministros do PT.
O diagnóstico é que, se nada for feito antes dos protestos, há risco de a situação tornar-se irreversível. Não há, no entanto, consenso sobre o que fazer.
As soluções debatidas no governo implicam custos. Uma das alternativas citadas foi a de diminuir o tamanho da Esplanada. Mas reduzir cargos também significa diminuir o poder de barganha que o governo tem para negociar com os partidos políticos apoio no Congresso.
Segundo relatos de quem participou do encontro, ministros não falaram abertamente sobre o risco de um pedido de impeachment, mas, nos bastidores, nenhum deles descarta o cenário.
BOMBA
Momentos antes, os dois participaram de um ato em apoio ao instituto que, recentemente, foi alvo de um ataque de bomba caseira.
Na ocasião, o PT classificou o episódio de "ataque político".