​Lula aceita provocação da oposição e diz: "sou bom de briga"

Autor: Da Redação,
sábado, 02/05/2015
Ex-presidente participou de ato da CUT, em São Paulo Foto: Ricardo Stuckert / Instituto Lula

Quando os participantes da comemoração do Dia do Trabalhador começaram a chegar ao Vale do Anhangabaú, no Centro de São Paulo, na manhã desta sexta-feira (01), já se ouvia cochichos de ansiedade. O responsável?

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que compareceu ao evento pela primeira vez desde 2010.

O petista subiu ao palco por volta das 14h e logo deu início a mais um de seus tradicionais discursos inflamados – focado desta vez em críticas ao PL 4330 (projeto de lei das terceirizações) e à redução da maioridade penal. Além disso, mandou um “recado” à imprensa e à elite brasileiras.

"Estou quietinho no meu lugar. Não me chame para briga porque sou bom de briga. Não tenho intenção de ser candidato a nada, mas tenho vontade de brigar. Está aceita a provocação. Tentei hesitar. Mas a Dilma é a presidente e quero que ela governe o País. Eu ia ficar quieto para não dizerem que estou de gerência. Pois bem. Aos meus expectadores: agora, vou começar a andar o País outra vez. Vou começar a conversar com o povo brasileiro, trabalhador, desempregado, camponês, empresário", disse.

A mensagem, de acordo com o ex-presidente, é àqueles que "não se conformam" com o resultado da democracia. "Desde a vitória da Dilma estão pregando sua queda. Mas eles tem que saber que, se mexer com ela, vão mexer com milhões de brasileiros. E quero pedir a vocês. A gente tem que ter paciência como a mãe da gente tem com a gente. Ela vai governar e tem um programa de 4 anos. Temos que ver o resultado final desse governo. E não tenho dúvida de que daqui a 4 anos vamos estar aqui comemorando o êxito do mandato de Dilma Rousseff", completou.