Skaf puxa ataques na estreia da propaganda na TV em SP

Autor: Da Redação,
quarta-feira, 20/08/2014

SÃO PAULO, SP - O início da propaganda eleitoral dos candidatos ao governo de São Paulo foi marcado nesta quarta-feira (20) pela subida de tom do candidato do PMDB, Paulo Skaf, contra o governador Geraldo Alckmin (PSDB).

Num dos mais fortes ataques da campanha, o peemedebista acusou o tucano de administrar o Estado sem "tesão" e de governar de forma fria e distante, sem enfrentar problemas. Ele ainda distribuiu uma alfinetada ao eleitor paulista dizendo que não entende como "o povo de São Paulo se contenta com tão pouco".

Em meio às críticas, ele chega a falar que o tucano é simpático, numa referência a aprovação pessoal da imagem pelo eleitorado.

"Não tenho nada contra o governador Geraldo Alckmin. Ao contrário, acho educado, simpático, mas sinceramente não entendo seu estilo de governar. Meio frio, meio distante, que acha sempre que está tudo muito bom", disse Skaf.

Ele acrescentou que o governador "não enfrenta os problemas de São Paulo como se fosse um desafio pessoal". "Com garra, com tesão, como se fosse a coisa mais importante", cutucou o peemedebista.

A estratégia de Skaf se contrapôs a de Alckmin que apostou na defesa de seu legado para pedir sua reeleição. O tucano optou por criticar indiretamente osadversários ao destacar que "ninguém vira governador da noite para o dia".

O discurso faz parte da tentativa do PSDB de colar nos adversários do governador a figura de "aventureiros", já que nunca exerceram mandato público.

"Ninguém vira governador do maior Estado do Brasil da noite para o dia. Trata-se de uma caminhada", afirmou o narrador do filme, evitando que Alckmin assumisse a alfinetada.

Pela manhã, a campanha de Alckmin no rádio já havia provocado os desafiantes propondo uma disputa de currículos.

"Ninguém vira governador de São Paulo da noite para o dia e Geraldo tem currículo. Algumas pessoas acham que dá para governar só com boa intenção", diz o narrador da propaganda do tucano".


PT

Sem críticas aos oponentes, o PT apostou no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para apresentar Alexandre Padilha ao eleitor paulista. No filme, Lula tenta colar em seu afilhado político vitrines eleitorais de seu governo, dividindo realizações como o programa habitacional Minha Casa, Minha Vida.

O ex-presidente afirmou ainda que teve uma "identificação natural" ao conhecer seu afilhado político. Padilha foi ministro de Lula entre setembro de 2009 e dezembro de 2010. Ele era responsável pela articulação política do governo com o Congresso.

"Quando conheci aquele jovem corajoso, idealista, eu me identifiquei naturalmente com ele. Alguns anos depois, chamei o Padilha para ser meu ministro da coordenação politica. Ao meu lado, ele trabalhou para aprovar os principais projetos que mudaram esse país como Minha Casa e Minha vida", afirmou o ex-presidente, num depoimento gravado, vestindo terno e gravata.

Em seguida, o candidato completa o raciocínio de Lula afirmando que: "construímos as mudanças na área da educação e da saúde". A estratégia de dividir as realizações do governo Lula também foi adotada em 2010 para lançar o nome de Dilma Rousseff à Presidência.