Uma rodovia praticamente inteira de concretoestá sendo construída pelo governo estadual na região Sudoeste no Paraná. Trata-se da PRC-280 entre Palmas e Clevelândia. O investimento é de R$ 188,25 milhões, atendendo um trecho de 45 quilômetros entre os dois municípios. Ela se soma a uma obra anterior de 60 quilômetros, também em concreto, entre o Trevo Novo Horizonte e Palmas, na mesma PRC-280, formando um corredor de escoamento de produção. E o terceiro lote, até Pato Branco, já está contratado.
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Além da restauração em concreto, também serão realizados serviços de implantação de dispositivos de drenagem de águas, sinalização horizontal, sinalização vertical, correção da geometria nas interseções em nível e nos acessos, e demais serviços complementares, como plantio de grama e instalação de defensas metálicas. A previsão de conclusão é em 2025.
“A PRC-280 é vital para a região Sudoeste e recebe esse projeto-piloto com concreto, algo que já estamos levando para outras obras, como em Goioerê. E a PR-445 era um compromisso com a região Norte. Essa rodovia precisava ser modernizada porque ela foi construída há muitas décadas e já não suportava mais o trânsito de Londrina”, afirma o governador Ratinho Junior (PSD).
A rodovia é a primeira do Estado a receber restauração com a técnica conhecida como whitetopping, que consiste no uso do concreto para a recuperação de asfaltos deteriorados. Nesse caso, o material é aplicado diretamente sobre o asfalto, que serve como uma espécie de base para a aplicação.
“O whitetopping é uma solução utilizada nos países de primeiro mundo. Enquanto o recapeamento com asfalto comum dura em média cinco anos, com esta técnica o tempo de vida útil do pavimento é de no mínimo 20 anos e pode chegar a 30 anos”, diz Ratinho Junior. “Restaurar a PRC-280 era uma promessa que estamos cumprindo e a decisão pelo concreto vai garantir a qualidade e durabilidade da rodovia, que é o principal corredor de escoamento do Sudoeste”, acrescenta.
TECNOLOGIA — A obra na PRC-280 será um marco na engenharia rodoviária estadual. “É uma tecnologia que o DER sempre quis utilizar, mas sempre houve dificuldade financeira, porque o cimento sempre foi muito caro. Agora, com a situação mundial do petróleo, o custo do asfalto se equiparou ao do cimento”, explicou o engenheiro do Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER/PR), Paulo Melani.
Em uma usina instalada próxima à obra, o concreto é feito da seguinte forma: pedras em diferentes tamanhos são colocadas em uma máquina totalmente automatizada, para então serem misturadas com cimento e posteriormente, depositadas em um caminhão, que despeja a mistura no trecho a ser pavimentado. O concreto tem 1h30 de tolerância para não endurecer no trajeto. Após descarregada, uma escavadeira espalha a mistura na frente da pavimentadora, que dá o acabamento no asfalto.