As exportações da região somaram US$ 42,5 milhões no acumulado entre janeiro a abril deste ano. O valor total das vendas, entretanto, se manteve no mesmo patamar do primeiro quadrimestre do ano passado, conforme mostram os dados da Comex Stat, plataforma do governo federal. O principal produto do comércio regional são os móveis que representam
35,8% do valor total exportado. Entre os produtos regionais mais comercializados no exterior também estão leveduras (US$ 6,29 milhões) e couros (US$ 5,94 milhões) importados para países como Uruguai, Paraguai, Peru, Estados Unidos e Coréia do Sul que são importantes parceiros comerciais da indústria regional.
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Dos nove municípios com atividades comerciais no exterior neste ano, Arapongas lidera o ranking. Entre janeiro a abril deste ano o município somou US$ 19,4 milhões em exportação. O valor é 6% menor do que os US$ 20,6 milhões registrados no mesmo período do ano passado. Os móveis representam 78% de tudo que é vendido lá fora pelo município, que tem o segundo maior polo moveleiro do Brasil.
O maior importador de produtos araponguense é o Uruguai que neste ano comprou US$ 2,6 milhões no período, seguido pelo Peru que comprou US$ 2,24 milhões e Paraguai US$ 1,57 milhão. No total o município exporta para quase 30 países.
São Pedro do Ivaí detém o segundo maior valor em exportações na região US$ 10,31 milhões com o comércio de leveduras que correspondem a US$ 6,29 milhões do total exportado (61%) e ração animal US$ 3,83 (37%). Somente os Estados Unidos compraram US$ 5,19 milhões em produtos fabricados no município. Em comparação com o mesmo período do ano passado, houve aumento de 10,5%.
Apucarana fechou o quadrimestre com US$ 9 milhões em exportações, a maior parte se deve a venda de tecidos de algodão que representam US$ 3,7 milhões do valor total e couros que correspondem a US$ 3 milhões. O município também exportou adubos minerais, acumuladores elétricos, chapéus, calçados, grãos de cereais e ovos.
Na avaliação do economista Rogério Ribeiro, professor da Universidade Estadual do Paraná (Unespar), campus de Apucarana, embora não tenha registrado alta, a região recuperou o nível pré-pandemia e apresenta um bom desempenho. “O primeiro quadrimestre deste ano apresentou uma leve redução de 0,7% em relação ao valor do mesmo período do ano passado, mas está em níveis bons considerando os valores pré-pandemia”, analisa.
Um fator determinante para o desempenho exportador do país e, consequentemente, da região é a taxa de câmbio. “Nossa moeda estava muito desvalorizada, chegando a atingir a cotação de R$ 5,40. Mas já recuou e há expectativas que reduza ainda mais se estabilizando em meados do segundo semestre na faixa do R$ 4,70. Se isto acontecer os produtos nacionais ficarão mais caros no exterior e isso poderá afetar as exportações”, observa.
Se por um lado isto é ruim, por outro haverá o redirecionamento dos produtos para o mercado interno, gerando choque de oferta, o que deve derrubar os preços em território nacional, ressalva o economista. “Isto poderá ajudar a desacelerar a inflação, principalmente a dos alimentos”, conclui.