Após a invasão da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) por professores contrários ao projeto de lei que terceiriza a gestão administrativa de 200 colégios públicos do Paraná, os deputados estaduais iniciaram às 17 horas desta segunda-feira (3) uma sessão online. A proposta, que tramita em regime de urgência, foi aprovada em primeira turno, com 39 votos favoráveis e 13 contrários. As segunda e terceira discussões devem ser realizadas nesta terça-feira (4) em sessão ordinária.
Os docentes, além de outros servidores e estudantes, forçaram a entrada na Alep e ocuparam as galerias do plenário. Por conta da invasão, o presidente da Casa, Ademar Traiano (PSD), suspendeu temporariamente a sessão e determinou a votação de forma remota. Assista no final da matéria
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Os parlamentares negaram, por 39 votos a 11, pedido de adiamento da votação. Por volta das 17h30, os deputados estaduais iniciaram discussão para posterior votação da matéria.
Professores estaduais estão em greve em protesto contra o projeto Parceiro na Escola. Eles consideram a proposta uma privatização da educação pública e exigem a reprovação do texto enviado pelo governo estadual.
No início da manhã, docentes, servidores e estudantes se concentraram na Praça Santos Andrade, no Centro de Curitiba, e depois caminharam até a Alep, quando ocorreu a invasão. Pelo menos três pessoas ficaram feridas durante a ocupação.
Durante entrevista coletiva, o governador Ratinho Junior (PSD) defendeu o projeto e minimizou a greve iniciada nesta segunda-feira (2).
“Primeiro, a greve é ilegal. A Justiça já decretou isso. Baixíssima adesão. Salas hoje, na grande maioria, com os alunos tendo aulas normais, o que é um bom sinal, uma demonstração da maturidade dos nossos professores e diretores, que entenderam que os sindicalistas fizeram um monte de fake news sobre o projeto que está sendo votado, que já acontece na Inglaterra, Canadá, em outros países. Estamos trazendo o que é o mais moderno na educação, justamente para ajudar o diretor e todo sistema pedagógico a ter liberdade para trabalhar e não ficar cuidando de lâmpada queimada ou descarga estragada”, disse o governador.
Segundo a Secretaria de Estado da Educação (Seed), 87% das mais de 2 mil escolas da rede estadual funcionaram normalmente na parte da manhã desta segunda-feira, sem adesão de professores à greve convocada pelo sindicato da categoria. Além disso, todas as escolas, 100% da rede, estão com alguma aula em andamento após um trabalho preventivo de uso de tecnologia e substituição de professores.
A APP-Sindicato, no entanto, contesta os números. Segundo o sindicato, na região de Apucarana, por exemplo, 60% dos professores aderiram à paralisação.
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