A Polícia Civil (PC) de Maringá, norte do Paraná, investiga um homem, de 43 anos, que é professor de enfermagem da Universidade Estadual de Maringá (UEM), por abusar sexualmente de uma adolescente, de 16 anos, em uma sessão de hipnose.
O suspeito também atua como enfermeiro no Hospital Universitário (HU) e hipnoterapeuta em um clínica particular da "Cidade Canção".
A delegada do Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente (Nucria), Karen Friedrich, que está à frente do caso, informou que o crime ocorreu no dia 9 de fevereiro, quando a vítima procurou atendimento para tratar depressão.
Conforme a denúncia, a sessão durou aproximadamente duas horas, e o professor, que já é acusado por outros crimes sexuais, aproveitou que a paciente estava sob o efeito de hipnose e tocou nas partes íntimas dela.
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“Ele é enfermeiro e ele exerce também a função de hipnoterapeuta e ele tem um consultório em que ele atende maiores e menores também e uma menina de 16 anos, no dia 9 de fevereiro, foi à primeira sessão, à consulta de hipnoterapia tendo em vista que ela apresenta problemas com depressão, problemas psiquiátricos…e aí durante a sessão de hipnoterapia, segundo ela, ele aparentemente já tinha iniciado a sessão, ela estaria hipnotizada…ele teria praticado atos libidinosos contra ela, teria tocado nas partes íntimas dela, teria feito ela tocar nas partes íntimas dele, sexo oral…não teve conjunção carnal, mas teve atos libidinosos diversos de conjunção carnal", disse a delegada.
Karen também informou que, durante depoimento, a paciente disse que via o que acontecia durante a sessão, mas, devido à hipnose, não conseguia agir. Ela contou ao pai o que houve momentos depois.
“Ela disse que não conseguia…que ela estava vendo o que estava acontecendo, mas que ela não conseguia levantar, não conseguia se mexer para levantar, para se mexer para sair da sala… e daí ela saiu do consultório, foi almoçar com o pai e relatou sobre o fato a ele. Eles não são aqui de Maringá, são de outro estado, e daí nós tomamos conhecimento que ele já responde a dois procedimentos administrativos disciplinares. Nós encaminhamos o ofício para a corregedoria da UEM, que informou que ele é servidor docente lotado no departamento de enfermagem”.
A UEM disse que o caso está sendo investigado e que o professor foi afastado de suas atividades na instituição.
Com informações do GMC.