As constantes ocorrências de acidentes com roubos de cargas e o recente episódio de confronto com saqueadores na BR 376, região da Serra do Cadeado, fez com que a Polícia Rodoviária Federal (PRF) adotasse medidas diferenciadas de fiscalização no local. Uma situação de acidente com morte registrada quinta-feira (22) na região, resultou em confronto com populares que tentavam saquear a carga. Um policial foi atingido. Segundo a PRF, 50 pessoas estavam no local e foi a segunda situação no mesmo dia. Durante a tarde, outro saque ocorreu, desta vez, uma carga de frango.
De acordo com o Inspetor da PRF Marcos Vinicius da Silva, responsável pelo trecho, serão intensificadas as fiscalizações com radares, bem como as rondas no local. “A maioria dos acidentes que ocorrem ali são por excesso de velocidade. Os veículos carregados, acima da velocidade permitida, muitas vezes não conseguem fazer as curvas e acabam tombando. Observamos isso através de estatísticas de acidentes e também de fiscalizações nos tacógrafos, que sempre registram velocidade acima do que as placas determinam para o local. Por esse motivo, vamos intensificar a presença dos agentes no local, realizar mais fiscalizações com radar e aumentar o patrulhamento”, explicou o policial.
De acordo com ele, os saques de carga são um problema crônico na região e nestes casos, geralmente a PRF trabalha em conjunto com a Polícia Militar (PM). “Sabemos que os saques de carga naquela região são corriqueiros e trabalhamos em conjunto com a PM para que os responsáveis sejam identificados e punidos, já que este tipo de prática é crime. Temos casos em que obtivemos sucesso em identificar e indiciar responsáveis por furtos de cargas e até mesmo os receptadores, ou seja, aqueles donos de estabelecimentos que compravam os produtos furtados na rodovia”, contou.
O Inspetor da PRF também fez questão de desmistificar a ideia de que moradores da região jogariam objetos na pista para provocar acidentes e realizar saques. “Isso não acontece. Sabemos que existe este boato mas podemos garantir que não é verdade, pois realizamos rondas constantes em todos os trechos e nunca identificamos esse tipo de situação”, garantiu.