Pré-candidato a deputado federal, o ex-governador Beto Richa (PSDB) está percorrendo municípios de todo Paraná para debater a situação do Estado e do País em reuniões com lideranças regionais. Durante esses encontros, o tucano vem defendendo com vigor o seu “legado” à frente do Estado e também está rebatendo “sem constrangimento”, como faz questão de destacar, as denúncias enfrentadas por ele desde 2018, que chegaram a levá-lo à prisão e minaram a sua candidatura ao Senado.
Durante passagem por Apucarana, ontem, Richa concedeu uma entrevista à Tribuna do Norte, onde enumerou as conquistas que considera “históricas” em seus dois governos – ele comandou o Paraná entre 1º de janeiro de 2011 e 6 de abril de 2018.
“Tenho muito orgulho do legado que deixei nos quase oito anos que governei o Paraná. Os avanços ocorreram em todas áreas, sem exceção. Foram investimentos históricos, com avanços significativos, tanto econômicos quanto sociais, que são motivo de orgulho”, diz.
Segundo Beto Richa, em sua gestão, o Paraná bateu recordes sucessivos em investimentos em infraestrutura e, mesmo com a entrega de inúmeras obras, deixou em caixa um saldo de R$ 7 bilhões. “Nesses convites que tenho recebido, todos reconhecem os avanços e os volumes expressivos de recursos aplicados em cada município”, cita.
Em relação às denúncias que o levaram à prisão, ele diz não ter “nenhum constrangimento” em tratar do tema. Ele responde a processos por supostos desvios em construções e reformas de escola, fraudes na Receita Estadual e direcionamento de licitações na contratação de manutenção de estradas rurais. “Eu fui perseguido. Não existe meia prova contra mim. Qual é a justificativa para me sequestrar com a minha mulher, na minha casa, a 20 dias da eleição? Tudo está sendo esclarecido na Justiça”, assinala. O ex-governador considera que seu processo não foi jurídico, mas político. “O objetivo foi cassar a minha candidatura e foi o quê conseguiram”, diz.
No entanto, ele assinala que não está voltando por “birra, desforra ou vingança”, apesar de ter sofrido uma “crueldade inominável”. Ele assinala que está retornando à política porque considera que “pode ajudar o Brasil nesse momento de turbulência”. “Não quero ser mais um entre os 513 deputados federais”, assinala, confirmando sua pré-candidatura à Câmara Federal.
Em relação ao cenário estadual, ele diz que o PSDB deve confirmar candidatura própria com a indicação do nome do ex-prefeito de Guarapuva, Cesar Silvestri Filho. “Ele foi um grande prefeito de Guarapuava, muito bem avaliado. É um jovem político que tem muito a oferecer”, avalia. Confira a entrevista na integra: