A Polícia Civil do Paraná (PCPR) indiciou um casal suspeito de tortura e extorsão contra um homem, de 42 anos, fato ocorrido em 2021, em Curitiba. O inquérito policial foi concluído nesta terça-feira (23), com o indiciamento também por corrupção de menores.
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Na última semana, a PCPR cumpriu buscas em endereços relacionados aos indivíduos, onde foram apreendidos documentos assinados pela vítima e máquinas de cartão pertencentes a ela.
A vítima foi torturada de forma física e psicológica, sendo coagida a pagar R$ 15,5 mil por uma suposta não entrega de balcões refrigerados em um dos estabelecimentos pertencentes ao suspeito, de 72 anos. Ainda obrigaram a assinar confissões de dívidas, uma delas no valor de R$ 100 mil.
Os fatos, cometidos pelo casal, aconteceram em no escritório de advocacia da mulher, de 47, com a presença do filho de ambos, de 14 anos na época dos fatos.
INVESTIGAÇÕES- As investigações tiveram início em 2023, após um celular ser apreendido durante um mandado de busca e apreensão decorrente de uma investigação que apurava adulteração em postos de combustíveis. Na ocasião, ainda foram localizadas armas de fogo.
Após análise no aparelho, foram verificados vídeos da tortura e instaurado inquérito policial para apurar os fatos.
CRIME- Conforme apurado nas imagens, o homem foi submetido à cárcere privado. No local, os suspeitos fraturaram a costela da vítima, a agrediram com socos, chutes e com uma tonfa. Além disso, o ameaçaram com uma máquina de choque, e jogaram um líquido incolor, afirmando ser etanol e que, caso ele não assinasse a nota promissória, o incendiariam.
Nas ações, o filho do casal é incentivado a ameaçar e quebrar o braço e mexer no celular da vítima com intuito de procurar bens ou algo de valor, além de manter um punhal na cintura.
Durante as investigações, a PCPR apurou que o suspeito é dono de uma rede de postos de combustíveis e que possui diversos boletins de ocorrência relatando ameaças, utilizando arma de fogo, contra os funcionários.
“Apuramos ainda que existem 55 processos criminais contra o indivíduo, além de 15 inquéritos policiais, que ele costuma constranger os funcionários a assinarem documentos. Ele foi intimado diversas vezes e utiliza da condição de saúde para dificultar cumprimento das medidas legais”, afirma o delegado da PCPR Cássio Conceição.
Em uma das situações, o indivíduo e a mulher ainda teriam ameaçado policiais militares. Além de ser investigado por falsidade de atestado médico, uso de documento falso e fraude processual.
A PCPR orienta que possíveis vítimas do casal procurem a unidade policial mais próxima e registrem o boletim de ocorrência. O caso foi encaminhado à justiça para medidas necessárias.