PCPR mira grupo que lavava dinheiro com lojas de carros e barbearias

Autor: Da Redação,
terça-feira, 23/07/2024
Cerca de 150 policiais civis participam da operação

A Polícia Civil do Paraná (PCPR) está nas ruas nesta terça-feira (23) para cumprir 83 ordens judiciais contra uma organização criminosa envolvida no tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. A operação ocorre em diversas cidades no Paraná, Santa Catarina, São Paulo e Alagoas.

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Entre os mandados, estão 21 de prisão e 37 de busca e apreensão. Cerca de 150 policiais civis participam da operação, com o apoio das polícias civis dos respectivos estados. Os mandados estão sendo cumpridos simultaneamente no Paraná nas cidades de  Curitiba, Pinhais, São José dos Pinhais, Cascavel, Lapa e Piraquara; em Santa Catarina em Balneário Camboriú, Itapema e São Francisco do Sul; em São Paulo na capital e Paranapanema; e em  Alagoas na capital Maceió.

A PCPR também foca na descapitalização das associações criminosas. As medidas incluem bloqueio de contas bancárias, apreensão de veículos e ordens de sequestro de bens. Essas ações visam enfraquecer financeiramente a estrutura da organização criminosa.

As investigações iniciadas pela PCPR em maio de 2022 revelaram que os integrantes do grupo lavavam dinheiro por meio de empresas de revenda de veículos de luxo, lojas no ramo alimentício e barbearias localizadas em Curitiba, Santa Catarina e São Paulo. Durante o período investigado, a organização criminosa movimentou mais de R$ 252 milhões. Uma das empresas de revenda de veículos foi responsável por movimentar mais de R$ 30 milhões em benefício do líder da organização. Além disso, foram identificadas práticas de ocultação de patrimônio através da aquisição de veículos e imóveis de luxo.

A investigação também apontou o envolvimento do grupo criminoso em homicídios de narcotraficantes rivais, motivados pela disputa pelo controle do tráfico de drogas no Bairro Cajuru, em Curitiba. Pelo menos sete homicídios ocorridos em Curitiba podem estar relacionados ao grupo investigado e à disputa pelo controle do tráfico na região.

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Um dos líderes da organização, Bruno Gustavo Felisbino, de 36 anos, foi morto com pelo menos 20 tiros no dia 28 de maio no estacionamento do shopping Pátio Altiplano, em João Pessoa, na Paraíba. O crime ocorreu por volta das 15h30 no subsolo do prédio. Natural do Paraná, Felisbino morava na Paraíba há cerca de seis meses.

A PCPR mantém sua ação em curso, visando a completa desarticulação da organização criminosa e a interrupção de seus esquemas de lavagem de dinheiro. A operação é um passo importante para enfraquecer o poder do grupo.