De olho no céu e no futuro, o Paraná deu o primeiro passo para ter o planetário mais moderno da América Latina. O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta segunda-feira (26) o contrato para elaboração dos projetos legais e executivos e do orçamento de referência de arquitetura e engenharia para o novo planetário do Parque da Ciência Newton Freire Maia, em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.
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A assinatura aconteceu após o anúncio dos vencedores do concurso nacional promovido pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Educacional (Fundepar) com o apoio do Gabinete da Primeira-Dama, que escolheu os melhores projetos arquitetônicos para o local. Os arquitetos Gabriel Grothge Faria e Rita de Cássia Nardo receberam R$ 60 mil pelo primeiro lugar.
Com um projeto inovador e investimentos de última geração, o local será uma referência nacional em divulgação da ciência, educação, inovação e turismo cultural, com objetivo de atender tanto alunos da rede pública como privada, além de turistas e a comunidade local.
“É um projeto que passa pelo nosso plano de ter a melhor educação do Brasil, mas não se limita a isso. Além de ser usado para que nossos estudantes tenham contato com a ciência na prática, também será um local que poderá ser visitado por alunos de outros estados e até por famílias inteiras, como uma atração turística”, disse Ratinho Junior.
Ao ser finalizado, o planetário vai ser capaz de simular o céu e a movimentação de mais de 9 mil corpos celestes em alta definição. Também será possível projetar animações, shows, vídeos e outros conteúdos com resolução excepcional, proporcionando uma experiência imersiva de última geração.
MODERNIZAÇÃO
A inovação é uma marca do novo planetário desde a sua concepção. Diferente de outros investimentos, o projeto arquitetônico do local foi escolhido a partir de um concurso nacional, que recebeu dezenas de inscrições.
“Conheci o Parque da Ciência e fiquei encantada com o que vi. Levamos o projeto de modernização do local ao governador, que comprou a ideia, entendendo a importância que a nova estrutura terá para o ensino das crianças do nosso Estado. Com isso, fizemos o concurso, que escolheu projetos maravilhosos para dar sequência ao plano de construção do planetário”, afirmou a primeira-dama Luciana Saito Massa.
O concurso teve como objetivo angariar uma grande gama de propostas diferentes, criativas e inovadoras. “Queríamos ter várias opções de projeto arquitetônico. Tivemos 51 inscritos, o que garantiu uma escolha que se alinhasse com os valores que queremos passar com essa estrutura e que ainda conversasse com o que já existe no Parque da ciência Newton Freire Maia atualmente”, explicou a diretora-presidente do Fundepar, Eliane Teruel Carmona.
Os arquitetos vencedores do concurso terão quatro meses para entregar o plano final e os projetos complementares. Depois, no começo de 2025, será feita uma licitação internacional para a construção do planetário e para a compra dos equipamentos de última geração. A previsão é de que as obras sejam finalizadas em aproximadamente 12 meses após o certame.
De acordo com o diretor do Parque da Ciência, Anísio Lasievicz, a construção de um novo planetário era um sonho antigo da comunidade e da administração do local. “Nós já temos uma série de exposições interativas, com experimentos, maquetes, laboratórios e outros equipamentos interessantes, mas um planetário moderno e bem equipado é algo que chama muito a atenção e complementa a estrutura do parque”, disse.
A nova construção, que deve receber cerca de 140 mil visitantes ao ano, vai se somar aos demais planos de integração entre as estruturas de educação e ciência do Estado. “É um plano ambicioso de popularização da ciência, que começa com os alunos nas escolas e chega até o trabalho feito junto às universidades estaduais”, explicou o secretário de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Bona.
Do ponto de vista da educação superior, o local funcionará como um laboratório para uma série de pesquisas científicas das sete universidades do Estado. Já relacionado à educação básica, o planetário funcionará como um ambiente de iniciação do interesse científico e aplicação dos conteúdos teóricos vistos em sala de aula.
“Ter uma experiência prática, que complemente o trabalho teórico desenvolvido em sala de aula, com certeza proporciona um aprendizado mais completo e envolvente. Isso complementa o trabalho que vamos desenvolvendo em toda a educação paranaense, que hoje é considerada pelo Ideb a melhor do Brasil”, afirmou o secretário de Educação, Roni Miranda.
A obra será financiada pelo Fundo Paraná, que é usado para o fomento científico e tecnológico no Estado. O investimento é resultado do aumento do fundo ao longo dos últimos anos, que passou de R$ 129,5 milhões em 2022 para R$ 708,9 milhões em 2024.
Entre outros projetos de integração entre as duas áreas, fruto do aumento do investimento do Governo do Estado, está a Rede de Clubes Paraná Faz Ciência, que vai instituir clubes de ciência em 88 escolas estaduais.