O Paraná superou o Distrito Federal e a Paraíba e passou de 6º para 4º lugar no pilar de infraestrutura do Ranking de Competitividade dos Estados, divulgado nesta quarta-feira (21) pelo Centro de Liderança Pública (CLP). O avanço na área ajudou o Estado a se manter no pódio entre os mais competitivos do Brasil, reduzindo a diferença para os líderes São Paulo e Santa Catarina.
A infraestrutura é um dos 10 pilares avaliados e tem o segundo maior peso no Ranking de Competitividade , analisando indicadores relacionados aos segmentos de rodovias, energia, telecomunicações, saneamento e transporte aéreo, além do acesso, custo e qualidade dos serviços ligados à infraestrutura.
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Entre os indicadores da área, o Paraná se destaca no custo dos combustíveis e da energia elétrica, ocupando a terceira posição em ambos os itens, que tiveram avanço em relação ao ano passado.
O Estado também tem um bom desempenho na disponibilidade de voos diretos, acesso à energia elétrica, qualidade das rodovias e backhaul da fibra óptica (infraestrutura da rede de internet), figurando em quinto lugar em todos eles.
Para o secretário estadual da Infraestrutura e Logística, Sandro Alex, os grandes investimentos que têm sido feitos no Paraná devem fazer com que Estado avance ainda mais neste eixo. “O Paraná fez um planejamento para a infraestrutura e, à medida que executamos esse planejamento, o Estado passa a colher os primeiros resultados. E vamos galgar mais degraus, porque estamos em evolução”, afirmou.
“Estamos recebendo investimentos nos aeroportos, com concessões e ampliações, nas rodovias, com investimentos bilionários no maior programa de concessões do País, e nos portos, que se preparam para uma movimentação ainda maior. E ainda estamos debruçados em projetos de ferrovias”, salientou o secretário.
“Tivemos um avanço grande em segurança, mobilidade, sinalização, adequações e o resultado está aí. Vamos passar a disputar o pódio e o nosso objetivo é concorrer à liderança nacional. Estamos nos planejando para isso, para atrair grandes investimentos e grandes indústrias”, complementou.
INVESTIMENTOS – Em 2023, foi dado início ao novo programa de concessões rodoviárias do Paraná, com contratos dos dois primeiros lotes de rodovias estaduais e federais já assinados. Os dois trechos somam mais de mil quilômetros de estradas e devem receber R$ 30,4 bilhões em investimentos até 2054. Ao todo, o programa contempla 3,3 mil quilômetros de rodovias em todas as regiões do Paraná.
Outros projetos rodoviários, como a construção das pontes entre Guaratuba e Matinhos, no Litoral, e da Integração Brasil-Paraguai, a segunda ligando Foz do Iguaçu, no Oeste do Estado, ao país vizinho, deverão influenciar em uma maior eficiência logística. As obras no eixo central do Estado, como a duplicação em concreto da rodovia ligando Guarapuava e Pitanga, também fazem com que o Paraná avance no setor.
Na área de saneamento, o Paraná também se destaca em rankings nacionais, como o Índice de Progresso Social (IPS). Em 17 anos, o Estado teve grandes avanços na área, com a rede de distribuição de água passando de 40 mil quilômetros de extensão, em 2005, para 72,9 mil, em 2022, com mais 2,3 milhões ganhando acesso à água tratada. A de esgoto mais do que dobrou no período, e 4,6 milhões de pessoas a mais tiveram passaram a ter coleta e tratamento de esgoto em suas residências. Além disso, a Sanepar projeta investir R$ 11,2 bilhões até 2028.
O Estado avança ainda no reforço à rede elétrica, com mais de 17 mil quilômetros de redes trifásicas implantadas pela Copel em quase todos os municípios do Paraná. Outro destaque é na produção de energia renovável, principalmente na área rural, com programas como o Paraná Energia Rural Renovável (RenovaPR) dando um salto na autogeração de energia solar e de biomassa.
METODOLOGIA – O relatório utiliza dados públicos e também de entes privados para avaliar esses serviços, incluindo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Confederação Nacional dos Transportes (CNT) e Sistema Nacional de Informação sobre Saneamento (SNIS).
Para esta edição, porém, alguns indicadores não foram atualizados pelas entidades responsáveis por sua divulgação, como os relacionados ao acesso à energia elétrica, que utiliza dados da Pesquisa Nacional por Análise de Domicílios (Pnad), que será lançada no final do ano; e o de qualidade das rodovias, que não foi divulgado pela CNT.
RANKING DOS ESTADOS – Divulgado anualmente, o Ranking de Competitividade dos Estados leva em consideração 99 indicadores agrupados em 10 eixos estratégicos (pilares) nas áreas de infraestrutura, sustentabilidade social e ambiental, inovação, capital humano, além da segurança pública, educação e eficiência da máquina pública. O estudo é realizado pelo Centro de Liderança Pública (CLP), em parceria com a consultoria Tendências e a startup Seall.