Operação mira quadrilha que furtou R$ 6,5 milhões de prefeitura do PR

Autor: Da Redação,
quarta-feira, 03/04/2024
As equipes cumprem 75 ordens judiciais

Uma quadrilha que hackeou e furtou recursos da Prefeitura de Telêmaco Borba, nos Campos Gerais do Paraná, é alvo de uma operação da Polícia Federal na manhã desta quarta-feira (3). Mais de R$ 6,5 milhões foram desviados dos cofres do município, segundo a PF. Além da cidade do Estado, a Caixa Econômica Federal também foi vítima do crime cibernético.

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De acordo com as investigações, os criminosos utilizavam técnicas avançadas de hackeamento e criaram um site falso para roubo de credenciais. Por meio desse site, eles induziram um servidor da Prefeitura de Telêmaco Borba a fornecer suas informações de login e senha, que foram posteriormente utilizadas para acessar o sistema GovConta do município.

“Com acesso às contas governamentais, os criminosos clonaram o perfil do servidor no aplicativo Whatsapp, utilizando engenharia social para se passar por ele. Então, entraram em contato com o gerente da Caixa Econômica Federal responsável pelas contas, autorizando transferências para empresas de fachada, como se fossem fornecedoras da Prefeitura”, explica a PF.

Ao todo, mais de R$ 6,5 milhões foram furtados da conta do município. Os criminosos, em seguida, distribuíram esses valores em diversas contas bancárias em nome de laranjas e converteram o dinheiro em criptomoedas. Em posse do dinheiro público furtado, integrantes da quadrilha adquiriram bens de luxo e realizaram viagens caras, ainda conforme a PF.

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A operação deflagrada pela Polícia Federal do Paraná tem alvos nas cidades de Brasília, Águas Lindas de Goiás (GO) e Santa Luzia (MG).

Ao todo, as equipes cumprem 75 ordens judiciais, sendo quatro mandados de prisão, 11 mandados de busca e apreensão, 51 mandados de sequestro, arresto e bloqueio, além de nove mandados de sequestro de criptoativos. A soma das penas, em caso de condenação chega a 30 anos, para os crimes de furto qualificado mediante fraude, invasão de dispositivo informático, lavagem de capitais e organização criminosa.

Nota da Caixa Econômica Federal

Em contato com o TNOnline, a Caixa Econômica Federal informou que a ação criminosa aconteceu no ano de 2020 e que o processo corre em segredo de justiça. Segue a nota na íntegra:

"A CAIXA informa que monitora seus canais e transações, utiliza modernas ferramentas de segurança em seus canais, bem como atua em conjunto com órgãos de segurança pública na investigação de casos suspeitos, assim como na prevenção de fraudes e golpes.

O caso em Telêmaco Borba (PR) ocorreu em abril de 2020 e o processo corre em segredo de justiça. Mais informações sobre eventos criminosos nas unidades do banco são repassadas exclusivamente às autoridades.

A CAIXA reafirma seu compromisso como principal parceiro do Poder Público em todas as esferas, Federal, Estadual e Municipal.

Como parte da atuação na prevenção de ocorrências, a CAIXA realiza constantemente ações de orientação e esclarecimentos a seus clientes por meio de seus canais de atendimento, sítio eletrônico e redes sociais.

Especificamente para o Poder Público, foi desenvolvida cartilha com dicas de segurança, distribuída aos clientes e disponível em: https://www.caixa.gov.br/Downloads/seguranca/Cartilha-seguranca-prefeitura.pdf."

Veja a reportagem:

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