A Organização Mundial de Saúde (OMS) confirmou por meio de uma nota técnica a morte de uma moradora de Toledo, no Oeste do Paraná, por infecção pelo vírus influenza A (H1N1), variante de origem suína. A doença é conhecida popularmente como "gripe suína".
Essa é a primeira infecção humana causada pelo vírus relatada em 2023 no Brasil, de acordo com as informações do dia 16 de junho. A vítima, uma mulher de 42 anos, estava com a saúde debilitada devido ao tratamento de um câncer.
A OMS afirmou que "este é um caso esporádico com base nas informações atualmente disponíveis e uma disseminação adicional não foi detectada". De acordo com a Fiocruz, que também atuou no caso, esse vírus normalmente circula entre porcos e, em casos de infecção, causam quadro clínico leve.
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O ser humano pode ser contaminado após exposição direta ou indireta a suínos ou ambientes contaminados. Não há vacina específica, contudo, a imunização sazonal reduz o risco de adoecimento.
A Fiocruz informou que o vírus foi detectado por exame realizado pelo Laboratório Central de Saúde Pública do Paraná (Lacen).
Em nota a Secretaria Estadual e Saúde (Sesa) afirmou que, seguindo protocolo, o caso foi notificado ao Ministério da Saúde (MS) e à Organização Mundial da Saúde (OMS) e que houve encaminhamento de informações ao Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz).
Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) informou que está monitorando as propriedades de suínos na região de Toledo, mas que não há nenhuma ocorrência da doença registrada em animais.
Como a mulher foi infectada?
Segundo a nota, a mulher morava próximo a uma granja de suínos e teve sintomas como febre, dor de cabeça, dor de garganta e dor abdominal em 1º de maio de 2023.
Ela foi hospitalizada em 3 de maio com uma infecção respiratória aguda grave e, no dia seguinte, deu entrada em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde morreu em 5 de maio.
Conforme a OMS, a mulher não teve contato direto com os animais, mas duas pessoas próximas a ela trabalham em granja de suínos. Ambas não desenvolveram a doença e fizeram testagem que deu negativa para influenza.
Segundo a OMS e a Fiocruz , esta é a terceira infecção humana relatada no estado do Paraná. A primeira foi detectada em 2021 e a segunda em 2022.
Com informações g1.