'Não sou macumbeira', diz mulher que teria feito ritual

Autor: Da Redação,
sexta-feira, 15/10/2021
'Não sou macumbeira', diz mulher que teria feito ritual

A empresária que jogou terra de cemitério em lojas concorrentes de Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), se defendeu das denúncias. Em entrevista à Banda B nesta sexta-feira (15), ela confirmou o flagrante feito por uma câmera de segurança de uma loja do ramo de óticas, mas pontuou que o produto lançado em frente da fachada da loja é, na verdade, pó de café.

“Café! Café! Nós servimos para clientes que vem até aqui”, iniciou a mulher que não quis ser identificada. “Eu cheirei o café e ele já não estava mais com cheiro de ‘pó louco’. Então, eu pensei: ‘poxa vida, as meninas me pedem, mas podem ir no mercado comprar’. Eu simplesmente joguei o pó de café porque, o produto em si, 

No vídeo da noite de 1º de outubro, é possível perceber que a empresária estaciona o carro em frente a uma das óticas que teriam virado alvo do “ritual”, desce e calmamente se dirige até a fachada do imóvel.

Lá, ela parece estar com um recipiente na mão e, em poucos segundos, faz movimentos como se jogasse o conteúdo de dentro dele sobre a fachada e volta para o carro. “A gente trabalha na ótica e essa senhora fica jogando terra de cemitério na frente das óticas”, declarou uma das funcionárias da ótica que aparece nas imagens, em entrevista para a Banda B, na manhã desta sexta-feira (15).

As imagens citadas no texto podem ser vistas no link acima e já foram repassadas à Polícia Civil, que investiga o caso.

“Eu não sou macumbeira e nem tinha que provar isso. Quem tem que provar que é terra de cemitério é ela, não eu. Se eu fosse fazer algum mal para ela, no mínimo, eu pagaria alguém, que é da religião, para fazer por mim. Eu não teria ido lá, sendo que nem sou da religião, não sei fazer, iria lá em frente as câmeras fazer algo de ‘macumbaria’ como ela está falando para prejudicá-la. Mas, nas câmeras, as imagens cada um pode pegar como quer. Entende!”, explicou.

Vídeo

Sobre o contexto do vídeo, a empresária explicou que naquele dia voltava do hospital após ser medicada por problemas de ansiedade. Em determinado momento do trajeto, ela afirmou que parou no banco para sacar uma quantia em dinheiro, mas ficou com medo de entrar na agência ao ver dois rapazes parados na frente do local.

Foi neste momento, de acordo com a entrevistada, que a ação apresentada no vídeo, aconteceu. “Este trabalho no ramo da ótica é muito estressante. Eu tinha discutido com uma funcionária e acabei indo ao hospital. Esses rapazes não saiam dali e fiquei com medo de entrar lá (…). Então, eu entrei e saí mais de uma vez do meu carro. A mulher [representante do comércio alvo do produto jogado pela suspeita] está subestimando a minha inteligência de não ver que tem uma câmera grande filmando uma parte da loja dela e o lugar onde estava estacionado meu carro. É bem visível a filmadora e eu tenho a minha visão muito boa, embora estivesse sido medicada porque passei mal horas antes”, pontuou.

Provar a acusação

A empresária, no fim, ressaltou que não possui motivos para cometer as acusações feitas pelos comerciantes. Ela finalizou dizendo que sempre morou em Piraquara e há 12 anos possuí um comércio no ramo.

“Não fiz nada de macumba para essa senhora para tirar os clientes dela. Ela está de dois a três meses na cidade e não teve tempo de fazer clientes na cidade. Não há motivos, não a conheço, nunca fez mal para mim, nunca tive qualquer briga com essa senhora, a não ser o fato de que ela entrou para trabalhar no mesmo ramo que o meu. Eu moro há 27 anos por aqui e, desde então, as ruas sempre foram públicas. O meu ‘ir e vir’ nunca foi limitado a nada”, concluiu à Banda B.

COM INFORMAÇÕES, BANDA B