O Ministério Público do Paraná, por meio da 2ª Promotoria de Justiça de Cornélio Procópio, no Norte Pioneiro do estado, ofereceu denúncia criminal contra três pessoas investigadas no âmbito da Operação Varejo. A denúncia refere-se à “lavagem” de aproximadamente R$ 2 milhões que teriam sido desviados de um supermercado em 2021.
Conforme apurou o MPPR, um dos acusados era subgerente de um supermercado e tinha entre suas funções fazer o depósito de dinheiro do estabelecimento em um cofre, cujo conteúdo era posteriormente recolhido por uma empresa de segurança. Entretanto, ao longo do tempo, ele teria passado a desviar parte dos valores, adulterando os registros de entrega.
As investigações constataram que, para ocultar o desvio, o comerciário, em conluio com a esposa e o sogro, passou a comprar bens incompatíveis com seus rendimentos lícitos. Após ação de busca e apreensão que recolheu o celular da mulher, foi verificada a existência de intensas conversações entre os réus para tratar de elevadas movimentações financeiras, em montantes muito acima dos salários recebidos por eles, gerando um acréscimo patrimonial bastante superior à capacidade financeira do casal.
SEQUESTRO DE BENS
A pedido da Promotoria, houve ainda a determinação do sequestro de um imóvel de propriedade de dois dos denunciados, possivelmente utilizado para a lavagem de capitais. Dois veículos do casal e uma empresa constituída por ambos, supostamente também para fins de lavagem de capitais, já haviam sido sequestrados anteriormente.
A quebra do sigilo bancário dos denunciados possibilitou a identificação de movimentações próximas de R$ 2 milhões, enquanto o rendimento deles em suas atividades lícitas alcançou aproximadamente R$ 94 mil.
O réu supostamente responsável pelos desvios já havia sido denunciado anteriormente pelo crime continuado de apropriação indébita e agora, junto com os dois cúmplices, foi denunciado por associação criminosa e lavagem de capitais.